quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Parte fisica / corporal no atleta de remo

Parte fisica no remador 


1. Resistência Muscular Localizada (Endurance)


A resistência muscular localizada é a capacidade de executar repetidamente um movimento específico empregando grande potência. Para o remador, é muito importante que consiga remar com qualidade nos metros finais da prova. Nas regatas de longa distância, a importância é ainda maior.


Talvez a melhor maneira de desenvolver a resistência muscular localizada é remar distâncias muito longas, mas isto pode prejudicar a sua técnica devido à dificuldade de manter a atenção à Técnica por longos períodos.  

Outras maneiras são circuitos (sem peso), subidas de escadarias (especialmente bom para a resistência nas pernas) e remada de peso na mesa.



2. Força e Potência

A força explosiva depende sobretudo do tipo de fibras musculares (quanto maior a percentagem de fibras de contração rápida, maior será a força explosiva que o atleta terá). A força na parte superior do corpo é particularmente importante para remadores de remos parelhos devido à alta carga à qual esta parte do corpo é submetida no final da remada.



O trabalho com pesos, feito corretamente, pode favorecer significativamente a eficácia da remada. Os exercícios realmente úteis para o remo são aqueles que simulam com bastante proximidade os movimentos da remada ou trabalham os músculos antagônicos.



Para desenvolver a força devem-se usar cargas altas e poucas repetições (séries de no máximo 8 repetições). 

Deve-se chegar ao ponto em que não se consegue mais executar o exercício: o aumento de força vem do ponto em que se atinge a falha. Não se deve fazer este tipo de treino mais do que uma vez por semana.



Uma maneira simples de indicar o tipo de fibras predominantes num atleta é o teste de impulsão:

  • se o resultado for inferior a 18 polegadas para o homem e 12,5 para a mulher, o atleta terá um número acima da média de fibras de contração lenta;
  • se o resultado for inferior a 24 polegadas para o homem e 15,75 para a mulher, o atleta terá um número acima da média de fibras de contração rápida.



3. Flexibilidade


Um remador flexível é capaz de atingir a máxima compressão facilmente e sem forçar os músculos e tendões. A flexibilidade é o fator de condicionamento com mais frequencia, esquecido pelos remadores. 

Todos os remadores sabem que devem fazer, mas poucos, de fato, o fazem. Eles pensam que o seu tempo pode ser melhor aproveitado numa atividade "mais física".



É preciso lembrar, no entanto, que o trabalho de flexibilidade ajuda a relaxar a musculatura e a estender tendões, reduzindo a possibilidade de lesões e as dores 24 ou 48h após trabalhos duros. 


Além disso, melhora a condição de remadores com pouca capacidade de alongamento em áreas cruciais para o remo, como a parte baixa da coluna e os tornozelos. Finalmente, a flexibilidade é vital para preservar a capacidade de remar quando o remador vai envelhecendo.



Os exercícios de flexibilidade devem ser feitos antes e depois dos treinos, preferencialmente após um rápido aquecimento (como, por exemplo, 5 minutos no ergômetro). 

Faça alongamentos longos, lentos e sem forçar, por aproximadamente 20 a 30 segundos. 

Antes de remar, trabalhe a cabeça, o pescoço, a parte alta e baixa da coluna e os tornozelos. Após remar, trabalhe os principais grupos musculares. Se não dispõe dos 20 minutos de alongamento geralmente recomendados, ao menos não deixe de fazer os 3 ou 4 principais alongamentos.




Os principais itens de flexibilidade a avaliar num remador são as pernas e o tornozelo:

  • Pernas e parte baixa da coluna: ficando de pé sobre um degrau flexione as costas e estique os braços em direção aos pés. Se passar dos dedos dos pés, tem uma boa flexibilidade;
  • Tornozelos: se consegue ir a proa sem levantar os calcanhares mais do que uma polegada, você tem uma boa flexibilidade;