O remo na sociedade
O desporto (o remo, no caso) não é um sistema à parte, mas de diversas formas interligado com o
desenvolvimento social.
Embora constitua um espaço específico de ação social, o remo permanece em
dependência com a totalidade do processo social, que o impregna com as suas
marcas fundamentais: disciplina, autoridade, competição, rendimento,
racionalidade instrumental, organização administrativa, burocratização, apenas
para citar alguns elementos.
O desporto, em si como fenômeno sociocultural é consumido
em todos os seus sentidos, não somente como elemento de rendimento desportivo.
Ele passa a ter diferentes manifestações da nossa cultura corporal de movimento,
estando presente nas nossas práticas corporais como as atividades na academia de
ginástica, natação ou, simplesmente, correr ou caminhar num parque e, claro,
na Educação Física escolar.
Com estas situações, o desporto passa a ser objeto de
estudo da sociologia, não somente na forma do rendimento desportivo, mas também
como objeto de manifestações globais, pois ele passa a ser praticado e
consumido por diferentes grupos sociais.
O desporto, quando voltado para o rendimento desportivo, traz na sua questão
estrutural elementos das relações sociais, como forte orientação ao rendimento e
na competição, seletividade via concorrência e igualdade formal perante leis e
regras.
Porém, o desporto não pode ser negado e abolido da nossa
sociedade, mas interpretado e exposto de uma forma a produzir pessoas com
discernimento a absorvê-lo como algo benéfico à própria sociedade.
Os desportos podem ser classificados
a partir das interações específicas entre os seus atores e o meio ambiente.
Os desportos individuais são diferentes dos coletivos, os desportos em ambiente natural
podem ser distinguidos dos desportos praticados em ambientes padronizados.
Aqui entra a nossa modalidade, o remo.
Analisando e voltando a ler as definiçoes acima descritas, o desporto e o remo como tal fornecem regras e orientaçoes que podem passar para o quotidiano do jovem/adulto atleta.
Coisas como concorrência, selectividade, leis, regras, relaçoes socias, sao tudo definiçoes que absorvemos desde tenra idade e que por vezes nao conseguimos adoptar como procedimentos standard.
Nao quero fazer passar para a vida "real" o que o remo deve ser. Apenas que do remo se retire o que de melhor ele tem e isso seja aplicado na vida "real", seja no jovem atleta, como no adulto.
Assim, passo a mostrar exemplos do que de bom se faz lá fora para promover/desenvolver/mostrar a modalidade:
"Community Rowing, Inc. (CRI) changes lives and communities by providing access to the sport of rowing and its profound social benefits. “Rowing for All” is our mission, and we are especially committed to delivering rowing to groups who can benefit from the social and health outcomes of our unique sport."
Nos 2 exemplos dados, a ideia foi a criaçao de uma boathouse (hangar de barcos) para fazer chegar a modalidade aos jovens nas escolas de Chicago, evoluindo depois para um clube com a participaçao de todas as faixas etárias.
Um excelente exemplo de como se vê o remo.
Contudo também revejo no nosso clube e em outros como o nosso, uma real iniciativa para a promoçao e desenvolvimento da modalidade.
A continuar.
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