sexta-feira, 27 de maio de 2016

Trabalho de equipe

Uma pequena história


A emoção pulsava fortemente nas veias daquele atleta quando ele e o seu companheiro de equipe de remo ultrapassaram a marca dos mil metros em primeiro lugar. 

Estavam a meio caminho de seu sonho de vencer o campeonato nacional de remo na Argentina, em 2003, na categoria de 2- masculino e a um passo das provas qualificatórias para as Olimpíadas de 2004, em Atenas, na Grécia. 

Tinham conseguido estabelecer um ótimo ritmo — suas fortes remadas atingiam a água em perfeita harmonia e os impulsionavam à frente dos outros competidores.

Contudo, poucos metros depois, o entusiasmo daquele atleta diminui quando o cansaço começou a fazer o seu companheiro de equipe diminuir o ritmo.

Ele viu o barco que estava em segundo lugar pouco atrás deles. Será que a vantagem que tinham conquistado seria suficiente para que conseguissem terminar em primeiro lugar?

Trabalho de Equipe

 

Ao ver que o ritmo do seu companheiro de equipe estava caindo, aquele atleta sabia que não importava o quanto forte se sentisse. 

Se ele puxasse o remo com mais força ou mais depressa do que o seu companheiro, o esforço desequilibrado faria com que o barco saísse do rumo.

Ele acompanhou o ritmo do seu colega e viu os outros competidores começarem a passar na frente deles.

Existe sempre um vigoroso empenho em treinar arduamente e dar o máximo de esforço individual para atingir as próprias suas metas. 

Mas no remo, o simples esforço individual não faz com que cruzes a linha de chegada em primeiro lugar. 

Se não estiveres sincronizado com os teus companheiros de equipe, não conseguirás vencer.

A eficácia do barco depende da união. Temos que pensar da mesma forma, quer sejamos uma equipe de dois, quatro ou oito.

“Se não trabalharmos juntos… … o barco não vai para frente”

Quando a equipe está concentrada no mesmo objetivo, é mais fácil alcançá-lo.

Depois que aprendemos que a vida não é uma competição individual, mas sim um trabalho de equipe, precisamos tomar uma importante decisão.
 
 

À medida que a equipe que estava em segundo lugar foi alcançando o barco daquele remador, foi preciso muita disciplina para que ele não cedesse à tentação de remar o mais forte possível. 

A linha de chegada estava muito próxima. Mas ele sabia que, se remasse no seu próprio ritmo, o resultado seria desastroso. 

Na melhor das hipóteses, isso apenas os faria perder velocidade; na pior das hipóteses, faria com que saíssem do rumo e possivelmente da regata.

Essa escolha de seguir o ritmo de outra pessoa em vez do seu próprio para atingir nossa meta é um princípio importante quando aplicado à vida real.

Quantas vezes, temos que trabalhar em conjunto e uniao em diferentes entornos da nossa vivência quotidiana?
 

No mundo do remo, sabe-se bem que “uma equipe que trabalha unida pode remar muito mais rápido do que uma pessoa sozinha”.
Numa regata-padrão de dois mil metros, um bom tempo para um remador individual, no seu melhor ritmo, é inferior a sete minutos (o recorde mundial é 6:35.40). 

Numa equipe de oito, porém, esse mesmo remador, embora acompanhando outros remadores mais lentos, consegue atingir uma velocidade ainda maior. 

O recorde mundial para um barco de oito é 5:19.85.

A ideia é recusarem-se a desistir, quando há um objectivo a concretizar. 

Talvez seja um par de patranhas de vendedor da banha da cobra, as frases escritas antes, mas em termos psicologicos é um discurso que funciona, pois é sabido que o ser humano, apesar de ser um elemento individual e egoista, necessita das experiencias de grupo e de facto o remo, traduz na sua essência o objectivo do grupo, o trabalho de equipa para ser traduzido em competiçao desportiva.
 

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