quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Parte fisica / corporal no atleta de remo

Parte fisica no remador 


1. Resistência Muscular Localizada (Endurance)


A resistência muscular localizada é a capacidade de executar repetidamente um movimento específico empregando grande potência. Para o remador, é muito importante que consiga remar com qualidade nos metros finais da prova. Nas regatas de longa distância, a importância é ainda maior.


Talvez a melhor maneira de desenvolver a resistência muscular localizada é remar distâncias muito longas, mas isto pode prejudicar a sua técnica devido à dificuldade de manter a atenção à Técnica por longos períodos.  

Outras maneiras são circuitos (sem peso), subidas de escadarias (especialmente bom para a resistência nas pernas) e remada de peso na mesa.



2. Força e Potência

A força explosiva depende sobretudo do tipo de fibras musculares (quanto maior a percentagem de fibras de contração rápida, maior será a força explosiva que o atleta terá). A força na parte superior do corpo é particularmente importante para remadores de remos parelhos devido à alta carga à qual esta parte do corpo é submetida no final da remada.



O trabalho com pesos, feito corretamente, pode favorecer significativamente a eficácia da remada. Os exercícios realmente úteis para o remo são aqueles que simulam com bastante proximidade os movimentos da remada ou trabalham os músculos antagônicos.



Para desenvolver a força devem-se usar cargas altas e poucas repetições (séries de no máximo 8 repetições). 

Deve-se chegar ao ponto em que não se consegue mais executar o exercício: o aumento de força vem do ponto em que se atinge a falha. Não se deve fazer este tipo de treino mais do que uma vez por semana.



Uma maneira simples de indicar o tipo de fibras predominantes num atleta é o teste de impulsão:

  • se o resultado for inferior a 18 polegadas para o homem e 12,5 para a mulher, o atleta terá um número acima da média de fibras de contração lenta;
  • se o resultado for inferior a 24 polegadas para o homem e 15,75 para a mulher, o atleta terá um número acima da média de fibras de contração rápida.



3. Flexibilidade


Um remador flexível é capaz de atingir a máxima compressão facilmente e sem forçar os músculos e tendões. A flexibilidade é o fator de condicionamento com mais frequencia, esquecido pelos remadores. 

Todos os remadores sabem que devem fazer, mas poucos, de fato, o fazem. Eles pensam que o seu tempo pode ser melhor aproveitado numa atividade "mais física".



É preciso lembrar, no entanto, que o trabalho de flexibilidade ajuda a relaxar a musculatura e a estender tendões, reduzindo a possibilidade de lesões e as dores 24 ou 48h após trabalhos duros. 


Além disso, melhora a condição de remadores com pouca capacidade de alongamento em áreas cruciais para o remo, como a parte baixa da coluna e os tornozelos. Finalmente, a flexibilidade é vital para preservar a capacidade de remar quando o remador vai envelhecendo.



Os exercícios de flexibilidade devem ser feitos antes e depois dos treinos, preferencialmente após um rápido aquecimento (como, por exemplo, 5 minutos no ergômetro). 

Faça alongamentos longos, lentos e sem forçar, por aproximadamente 20 a 30 segundos. 

Antes de remar, trabalhe a cabeça, o pescoço, a parte alta e baixa da coluna e os tornozelos. Após remar, trabalhe os principais grupos musculares. Se não dispõe dos 20 minutos de alongamento geralmente recomendados, ao menos não deixe de fazer os 3 ou 4 principais alongamentos.




Os principais itens de flexibilidade a avaliar num remador são as pernas e o tornozelo:

  • Pernas e parte baixa da coluna: ficando de pé sobre um degrau flexione as costas e estique os braços em direção aos pés. Se passar dos dedos dos pés, tem uma boa flexibilidade;
  • Tornozelos: se consegue ir a proa sem levantar os calcanhares mais do que uma polegada, você tem uma boa flexibilidade;

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Quando novos desafios se colocam ...

Sabem nadar? Não! Praticam triatlo? Não! Então façam um Ironman!


"E agora algo um pouco diferente. Como sabem, eu gosto de corrida, de trail running e agora recentemente de triatlo. E no triatlo, talvez sejam raros os atletas que não ambicionam chegar à prova rainha: o Ironman! O Hélder Oliveira queria muito e conseguiu!
O Hélder é praticante de corrida e amigo dos trilhos e um dia meteu na cabeça que queria fazer um Ironman… e está feito! Tarefa de super-homens? Talvez não seja tanto assim. Leiam e fiquem a saber como foi e… quem sabe um dia não são vocês?
“Por ser o meu primeiro Ironman senti a obrigação de relatar os contornos desta aventura. Porque é um evento mítico associado a um certo elitismo físico e – dizem – ao alcance apenas de seres sobredotados, quero sobretudo demonstrar através da minha descrição não ser exatamente assim. Desde o “dia zero” da minha preparação, até ao dia da prova, tentarei ser o mais rigoroso possível, para que possam retirar algumas ilações e até tomar decisões quanto à vossa participação num Ironman.
O meu passado desportivo é mediano, nunca fiz nada mais do que terminar provas e, embora sempre ativo desportivamente, nunca tive um desempenho especial.
Após uma paragem de aproximadamente 3 anos para alinhar o “chassis” (operação a uma hérnia discal), retomei a prática desportiva (treino regulamente há cerca de 2 anos, pós-paragem). Todo o meu treino foi orientado para o trail running e o ano de 2012 foi totalmente preenchido com Ultra Maratonas.
Em Novembro passado (2012), tocou o sino do Ironman, pois precisava de um desafio diferente, após alguns quilómetros de Ultra Maratonas.
Ao tomar a decisão de participar deparei-me com o primeiro problema: 450 euros de inscrição?! Com o apoio do Ginásio Rainha e da Clínica Soleil, o sonho manteve-se de pé e a inscrição foi realizada. Sem o apoio de ambos teria sido economicamente inviável.
Surge o segundo problema: tinha de nadar 3.800 metros em águas abertas e não sabia nadar crawl (a técnica mais adequada à distância em causa). Nadava apenas bruços, como a generalidade dos portugueses não praticantes de natação. Bem, façamos a inscrição e depois pensemos nisso.
Algumas consultas ao Youtube para visualização das técnicas de crawl e de respiração e umas quantas conversas com o pessoal do triatlo, um mês depois, com 5 treinos semanais de natação, eis que o “cromo” fazia já 30m nessa técnica… “é possível!!!”, pensei! Com a necessidade de acelerar a evolução na natação, pois a prova estava a 8 meses de distância e eu não sabia nadar, mantive os 5 treinos semanais sacrificando a corrida e bicicleta.
A meio da preparação, em meados de Fevereiro ou Março de 2013, fiz o primeiro teste aos 3.800m em piscina, usando o fato de neoprene. Este teste permitiu-me obter informações importantes do ponto de vista de um atleta completamente inexperiente na água. Concluí que estaria a fazer a distância em cerca de 1h30 e que fisicamente não tinha problemas com esse esforço. A questão agora era a fraca técnica e consequentemente, uma óbvia lentidão. Tomei a decisão de equilibrar a carga horária ao nível de treino e passei a distribuir de forma mais nivelada o treino semanal de corrida, natação e bicicleta.
Diariamente o treino era constituído por duas sessões de: corrida + bicicleta, corrida + natação ou bicicleta + natação, com alternâncias diárias.
A fase seguinte era fazer um triatlo, pois não seria inteligente arriscar-me num Ironman sem qualquer prova de triatlo realizada. Com certeza haveria equívocos e erros a serem corrigidos e só uma prova para os pôr a descoberto. Para o efeito inscrevi-me no Half-IronMan de São Jacinto, Aveiro, no mês de Maio. Teria metade da distância de um Ironman para percorrer no caso do half (1.900m de natação, 90km de bicicleta e 21km de corrida). A prova de Aveiro era aproximadamente a 30 dias do Ironman de Nice. Seria o derradeiro teste e uma importante fonte de informações.
Cometi vários erros! Desde logo, o mais grave, no sector da natação, naquela que era a minha primeira experiência em águas abertas, quer em treino, quer em prova. Perdi o sentido de orientação e acabei por sair várias vezes do percurso. Depois desta secção e já no final da prova era evidente que o meu sector mais forte era a bicicleta, informação útil para um Ironman marcado essencialmente por montanha e… 180km de distância. O meu primeiro triatlo estava concluído e com a normalidade expectável, tendo em conta a minha condição física e experiência na modalidade.
Aproximava-se a data do grande e mítico evento, o IRONMAN!!!
Admito que sempre alimentei um certo mito do atleta sobredotado para realizar com sucesso uma prova deste tipo, não apenas pelo esforço físico imposto pela prova mas, especialmente por implicar três modalidades distintas e em distâncias muito exigentes. E chegava a hora de eu provar que seria capaz. Apesar de atleta mediano e sem quaisquer vantagens genéticas ou especiais aptidões, talvez (e friso, talvez) possa dizer que em algumas situações me destaque pela teimosia. E talvez isso pudesse revelar-se uma vantagem.

Dia 22 de Junho, sábado: véspera da prova

O dia de sábado levou-me à zona da prova, onde realizei o registo durante a manhã e o check up à bicicleta durante a tarde. O rigor, o método e os meios utilizados impressionavam! Tudo o que rodeava o IRONMAN era absolutamente arrebatador! “Farei eu parte disto?”, cheguei a questionar, tal a dimensão daquela realidade. Era um sonho ali à porta, o sonho de um atleta vulgar que durante anos olhou à distância de anos-luz para um evento impensável de algum dia concretizar.

Dia 23: o IRONMAN de Nice

Dia 23 chegou, acordei às 03h15 (4h15 em Portugal) e tomei o pequeno-almoço de sempre. Em nada alterei nos meus hábitos alimentares, e nisto a experiência das ultra maratonas já me tinha ensinado que não seria boa ideia.
Às 05h00 estava no parque das bicicletas, ultimei a Valdemiro (a bicicleta), especialmente montada pelo Sr.Valdemiro para este Ironman. Verifiquei a pressão dos pneus, apliquei a vaselina no corpo e estava pronto para a natação. A prova teria início às 06h30… 5 minutos antes o ambiente era único, centenas, milhares de atletas estavam na água, prontos para iniciar os 3.800m do sector de natação. E começava ali o sonho!
O público alimentava um ambiente arrepiante!

A natação

Dada a partida veio a confusão natural provocada por 2.800 nadadores, o que dificultava as braçadas iniciais. Manter a concentração na braçada, controlo respiratório e orientação apresentava-se como uma tarefa difícil de levar a cabo. Mas uns minutos depois o pelotão estendia-se no mar e facilitava a tarefa aos nadadores.
Com uma entrada significativa no mar para realizar a primeira volta de 2.400m, senti alguma dificuldade em visualizar as bóias, já que a ondulação retirava-me na maioria das vezes a linha do horizonte. Optei por em grande parte da prova seguir o pelotão, esperando não errar na escolha do grupo adequado.
Percorridos os 3.800m de natação, saí da água com 1h37 e estava em boas condições físicas, pronto para iniciar o sector do ciclismo. Tinha pela frente 180km de estrada e montanha para dificultar a tarefa.

O ciclismo

Marquei os 32km/h numa fase inicial como limite ao meu ritmo. Mantive o andamento nos primeiros 20km, a pedalada era confortável e protegia-me de esforços excessivos que pudessem dificultar a tarefa ao subir a montanha que estava pela frente. Com aproximadamente 20km de distância percorridos, o percurso começou gradualmente a subir e até aos 70km a história foi essa: montanha, mais montanha, mais desnível positivo. Atingi a marca dos 70km bastante cansado, o esforço havia sido significativo, foram necessárias 3h30 aproximadamente para concluir estes primeiros 70km.
Durante esta fase da prova observei um atleta ser transportado para um helicóptero de assistência médica. Percebi que teria de ser algo muito grave. No final da prova havia a notícia da morte deste participante da prova, com apenas 30 anos de idade. A velocidade e uma queda terminaram com o sonho da pior maneira.
Atingido o topo da montanha, o resto do percurso era essencialmente marcado por desnível negativo, muitas descidas rápidas em estradas sinuosas. Era relativamente fácil ultrapassar os 50km/h ou até 60km/h sem necessidade de pedalar. Mas o acidente anterior lançava-me sinais de alerta constantes e, embora por vezes o esquecesse, acabaria por ser relembrado por dois novos acidentes com quedas de atletas nas zonas mais rápidas. Havia que definir um ponto de razoabilidade entre o benefício da velocidade e o risco de não terminar a prova, ou pior.
Percorri os restantes 110km com relativa rapidez e apesar do tempo perdido nos primeiros 70km com a subida, a recuperação permitiu-me chegar a Nice com menos de 7h no sector de ciclismo: 6h51 definia o meu desempenho.

A corrida

Chegava o sector final, a chave para a meta: a maratona! 42km de corrida sob condições meteorológicas dificilíssimas, já que o calor se fazia sentir e as pernas já acusavam níveis de cansaço elevados. O momento era sobretudo psicológico e de luta.
Nos primeiros 21km a dificuldade em manter um ritmo razoável foi enorme! Só encontrei um andamento confortável e possível na marca de 7’/km. Gradualmente fui recuperando alguma frescura física e, realizada a primeira meia-maratona, pude acelerei um pouco o ritmo, baixando para os 6’/km. Não tinha sinais de cãibras nesta altura e o aspecto mais importante acabava por ser o desgaste psicológico.
A meio da maratona a ideia típica de que “está quase” e que regularmente nos assalta em maratonas, estava a pressionar-me para facilitar no consumo do gel, pois o estômago já não aceitava com a mesma disponibilidade e afinal de contas estava mesmo “quase”. Controlei esse desejo e mentalizei-me que o “quase” eram mais de 2h de prova e continuar dependeria do consumo de energia e líquidos. O desgaste e o calor estavam à espreita para interromper o caminho para o sucesso, se assim fosse ditado.
Se até aos 21km consumi uma embalagem de gel a cada 5km, a incapacidade de manter esse tipo de ingestão por indisposição fez-me alterar a estratégia e passei a consumir o gel em distâncias mais curtas mas agora pequenas e suportáveis quantidades. O objectivo era manter o corpo alimentado sem provocar uma indisposição impeditiva de prosseguir com a alimentação.
Todo o percurso tinha disponíveis chuveiros e usei-os para baixar a temperatura corporal, sem nunca abdicar de usar todos aqueles que ia encontrando. Era menos uma preocupação para o meu já esforçado coração, a bater ainda mais forte para baixar a temperatura corporal. Todas as poupanças de energia eram nesta altura relevantes.
O público tornava a avenida Promenade Des Anglais, destinada à maratona, com 5km para cada um dos sentidos, num local entusiasmante e vibrante. Não se cansavam de motivar os mais desgastados com palavras de incentivo, como: “You are an IRONMAN!”, “courage!”, “Bravo!” e de quando em vez lá vinha um “Força Portugal” saído do público com sotaque 100% “tuga” e de alguém que identificava no meu fato a bandeira nacional. Reconfortante!
A última volta! Faltavam 10km para atingir o objectivo, o público que entretanto tinha “aprendido” a identificar os atletas em última volta para a conclusão da prova, não deixavam de gritar incentivos e estender as suas mãos para uma arrepiante interação entre público e atletas.
O meu desgaste nos quilómetros finais era absolutamente acentuado, todo o sistema cardio-respiratório acusava cansaço, o que me obrigou a baixar o ritmo. A tentação de caminhar era fortíssima, a maioria dos atletas já o fazia, facto que contribuía para alimentar o desejo de lhes seguir o exemplo. Mas com a meta a pouco mais de 30m de distância, caminhar não era opção. A opção era só uma: terminar o mais rápido possível!
A quilómetros da meta comecei a erguer os braços, o ambiente era único! Os espectadores festejavam o meu sucesso como sendo deles. Eram também parte deste espetáculo, estavam a engrandecer o meu feito, o feito de todos quantos alcançaram aquela dolorosa meta.
Verbalizei várias vezes a alguns metros da meta: “I´m an IronMan!”, não por vaidade mas por direito, tinha-me doído! Tinha conseguido!
A meta! Estava na meta!!! O somatório de 13h36m de emoções transpirava pela minha pele. Ao subir à meta esqueci a medalha por momentos… era a meta! Baixei-me, toquei a palavra Ironman gravada no tapete da meta, repousei finalmente por momentos. Tinha acabado. Desliguei do mundo naqueles segundos, abstraí-me de tudo quanto me rodeava e, em retrospectiva, agarrado ao tapete Ironman falei em silêncio: “Sou um IronMan, sofri imenso para aqui chegar, sou um Ironman. Este é o teu momento, vive-o!”. E assim permaneci largos segundos, completamente anestesiado pelo tributo que o evento me prestou, em troca do meu esforço.
Eu, um atleta vulgar, sem absolutamente qualquer característica física especial, relevante ou rara. Eu sou um Ironman!”

Um belo relato de objetivos a atingir a nivel fisico. Quando tens uma atividade e um desporto que praticas, por vezes saturas-te.... e podes buscar outros desafios. Falando por mim, nao tenho este objetivo pela evidente dedicaçao e tipo de treino, mas efetivamente admiro todos que o conseguem !!!

Retirado de :  http://www.desedentarioamaratonista.com/2013/06/26/sabem-nadar-praticam-triatlo-nao-entao-facam-um-ironman/

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O milagre português ou como produzir campeões sem fazer desporto

After Jogos Olimpicos e iniciando um novo ciclo olimpico de mais 4 anos


Sobre o nosso Portugal (também adaptado ao remo):  

"Continuamos a ser o país que maltrata os atletas olímpicos pela falta de medalhas, ciclicamente, de quatro em quatro anos, não mostrando qualquer incómodo e revolta com políticos, dirigentes e com o sistema e a política desportiva nacional. 

E tudo isto porque, de vez em quando, contra todas as probabilidades, genética e economicamente falando, há uns extraterrestres portugueses, que com a mesma falta de condições, conseguem o impensável e chegam ao bronze, à prata e mesmo ao ouro  olímpico. E é disto e só disto que queremos saber.

Um país onde o pouco dinheiro que há, público ou privado, vai quase todo para o futebol, e mesmo aí, os que são grandes cá dentro, são pequenos lá fora. Apesar da nossa dimensão, a exigência mantém-se para todas as modalidades e atletas, principalmente os olímpicos. E parece que o pior mesmo é ser qualificado para ir aos jogos, pois ninguém se chateia com os que nem sequer lá vão, pelo menos, não envergonham o país lá fora.

Um país onde o último governo em funções retirou a educação física do currículo do ensino primário, diminuiu a carga horária do desporto de forma generalizada e precarizou professores de educação física.

Refém de lobbies

Um país onde as escolas não tem pavilhões, ginásios, pistas de atletismo ou piscinas. Muitas vezes, nem sequer as há perto, outras só na cidade vizinha.
Um país onde o modelo desportivo assenta na transição do desporto escolar, que não existe, para o desporto associativo, demarcando-se o Estado das suas funções nesta matéria, mas sem apoiar devidamente os clubes, associações e federações.

Um país onde o Comité Olímpico é a fiel imagem de tudo o resto, refém de lobbies e interesses, sujeito à perpetuação das pessoas de sempre nos cargos do costume, sem qualquer escrutínio.

Um país onde o índice de prática desportiva e de atividade física é tão miserável, que nem com o Pokemon Go melhorou, apesar de termos mais telemóveis do que pessoas.

Um país que investe milhões em centros de alto rendimento para as medalhas dos próximos jogos olímpicos, mas não nem tem dinheiro para investir na base do sistema desportivo.

Um país que não tem a noção do que é fazer quilómetros e quilómetros para ir treinar, treinar sozinho, de madrugada, de noite, ao frio e à chuva, ao calor tórrido, antes ou depois do trabalho ou escola, ou ambos, aos domingos e feriados, não comer o que se quer, não sair à noite com os amigos, beber um copo, fumar um cigarro, deixar de estar com a família, pagar do próprio bolso, pedir aos pais ou emprestado, para viagens de autocarro, voos low-cost, para dormir em hostels, para acampar ou poupar ainda mais e viajar no próprio dia, provas internacionais, equipamento topo de gama, treinador, quando, raras vezes, não é voluntário também.

Um país onde não temos os melhores políticos do mundo, nem as melhores empresas, nem nada. Verdade seja dita, tivemos o melhor CEO do mundo, mas a empresa faliu e foi vendida a estrangeiros. Mas nas Olimpíadas, abaixo de bronze é derrota pesada.

De quatro em quatro anos, no meio das ofensas a quem faz do desporto a sua vida, neste ocioso país, parece que se quer falar de política desportiva. Mas afinal, não. À falta de cultura olímpica, à falta de cultura desportiva, vamos continuar a deixar que os nossos políticos e dirigentes desportivos trabalhem para as medalhas como um fim, e não como um meio para a promoção da prática desportiva.

Afinal, disto tudo, ninguém quer saber. Desporto, desporto, é sermos campeões europeus de futebol e toca a assinar  canais desportivos bem pagos que as ligas de futebol já começaram. Está aberto o novo ciclo olímpico do gaming, do mapling, do zapping e do haltere de balcão, para quem gosta de desportos outdoor. Daqui a quatro anos, certamente, haverá mais falhanços para apontar o dedo."

Um texto interessante com o qual estou de acordo (nao necessariamente com a ideologia politica que está na origem do texto, pois, sinceramente a politica é algo que se move ao sabor dos interesses pessoais independentemente de partidos / cores ou credos).

Retirado de : http://www.esquerda.net/artigo/o-milagre-portugues-ou-como-produzir-campeoes-sem-fazer-desporto/44147





terça-feira, 14 de novembro de 2017

A resiliência no âmbito desportivo

Introduçao

Resiliência é um termo que tem despertado a atenção e a curiosidade das pessoas em diversos segmentos da sociedade. Fala-se em estratégias resilientes, empresas resilientes, escolas resilientes, famílias resilientes e indivíduos resilientes. 

Este conceito passou a ser utilizado na Psicologia para caracterizar a capacidade humana de passar por experiências adversas sucessivas sem prejuízos para o seu próprio desenvolvimento, superando e, até mesmo, se fortalecendo diante das adversidades da vida.

A resiliência é um conjunto de processos sociais e psíquicos que ocorre em determinado período em combinação com os atributos do indivíduo, da família, do ambiente social e cultural em que ele vive.

 
 
Esta não pode ser vista como um atributo fixo do indivíduo, pois se as circunstâncias mudam, a resiliência se altera e, além do mais, os mesmos eventos negativos podem ser experienciados de maneira diferente pelo mesmo indivíduo assim como, por diferentes pessoas. 

A compreensão e a definição da resiliência a partir da interação do indivíduo com seu ambiente implicam, também, no entendimento, dos chamados fatores de risco e de proteção.

Os fatores de risco seriam os eventos negativos de vida que quando presentes aumentam a probabilidade do indivíduo apresentar problemas físicos, psicológicos e/ou sociais. Já os fatores de proteção correspondem às influencias que modificam, melhoram ou alteram respostas pessoais a determinados riscos de adaptação do indivíduo ao contexto no qual vive. 

No desporto, pode-se dizer que as pressões psicológicas e fisiológicas que estão associadas aos treinos, competições e a sua organização social mostram que o desempenho desportivo é um fenômeno complexo que é afetado pelas características individuais e por fatores ambientais. 

Portanto, devido às demandas que os atletas enfrentam para obterem sucesso na carreira, a resiliência parece ser uma característica inerente a eles, pois somente aqueles que conseguem enfrentar e superar as incertezas e angustias inerentes ao desporto de alto rendimento é que terão sucesso.


Pergunta minha : será que estamos a conseguir fazer passar esta caracteristica a nivel desportivo às camadas mais jovens e a outros niveis, como também pode ser o caso num plano familiar e social?

quarta-feira, 5 de julho de 2017

O Desporto e o Desafio do Sentido... nem só no remo...




Achei interessante e faço a reproduçao deste texto do dr. Manuel Sérgio (Professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana e Provedor para a Ética no Desporto):

"O desporto de alta competição reproduz e multiplica, em demasia, as taras da sociedade de mercado onde nos movimentamos. Trata-se do espectáculo que maior magia desperta entre as multidões e, por isso, onde é mais evidente o niilismo da nossa pós-modernidade. E, porque vivemos em plena globalização, o facto de todos os Estados do planeta desenvolverem tendencialmente a mesma política desportiva. Simultaneamente, os jogos tradicionais populares são murados em espaços de desinteresse, em favor dos desportos com federações internacionais.

Qualquer espectador atento e receptivo concluirá assim, facilmente, que o desporto hodierno, fervilhante de símbolos, constitui uma forma de reprodução de um determinado tipo de sociedade. A mercantilização, a burocratização, o uso e o abuso da droga, a corrupção, etc. são provas evidentes que os conceitos fundadores da prática desportiva foram nitidamente postos de lado. É o Desporto uma instância autónoma? Só o é, relativamente. Por isso, a competição desportiva se confunde com a civilização consumista. E em que o desportista também é o hiperconsumidor.

Como num livro, velho de quarenta e dois anos, Signification du Sport, já o assinalava Michel Bouet, o Desporto pode ser uma actividade saudável, que satisfaz as necessidades motoras do praticante; promove a realização pessoal, através da afirmação do eu; reveste, muitas vezes, o aspecto de compensação, face ao stress e ao labor monocórdico da vida profissional. Por outro lado, a necessidade de sentir-se em grupo; o interesse pela competição-diálogo e não da competição hostil; o desejo de vencer e de ser campeão, não tanto porque se ganhou, mas porque se é um “ganhador”; a combatividade que transmite a vontade de vencer... desportivamente, ou seja, com dignidade; o amor pela natureza, bem visível nos desportos ao ar livre; o gosto pelo risco e uma irresistível atracção pela aventura – constituem características do homem (e da mulher) que podemos designar como desportista, ou então os pontos centrais da motivação do Desporto. 


Trata-se, de facto, o Desporto de uma acção, simultaneamente lúdico-agonística, institucionalizada e universal, onde se verifica uma incessante procura de superação sobre os outros e sobre nós próprios, na forma, como já vimos acima, de competição-diálogo e sem qualquer agonismo bélico. Os benefícios de ordem física, biológica e antropossociológica, que do Desporto podem resultar, são incontáveis.

Iniciámos o século XXI, o século do Desporto. Não é de espantar, portanto, que as suas virtualidades tenham chegado, com assombrosa rapidez, ao conhecimento dos nossos contemporâneos.

Mas... qual o sentido do Desporto? Tenho para mim, depois das modestas investigações que tenho realizado, ao nível da motricidade humana, que o sentido do Desporto é a transcendência, é a liberdade que procura o absoluto. Não há nele tão-só a continuidade temporal do “mundo da vida”, mas também a descontinuidade dos instantes criativos.

Praticar o Desporto tem um sentido: procurar a transcendência, através da motricidade humana (ocorre-me, neste passo, a expressão de Fernando Pessoa: “e Deus, a grande Ogiva, ao fim de tudo”). Por isso, as competições e os treinos exalam significação, aquela que resulta de um ser humano que deseja superar e superar-se, em equipa (em grupo, em comunidade) e jogando com e não contra.

Encontrar-se-á o Desporto compreendido nas categorias de futuro, de utopia, de esperança e de possível? O desportista vive, de facto, de modo próprio: ele recusa qualquer atitude resignatária, qualquer consentimento conformista, dado que se encontra em permanente movimento intencional, em direcção ao mais-ser. E, por consequência, visando a plenitude, tanto do ponto de vista ético, estético, político e gnosiológico, como ao nível da condição física, da saúde e das qualidades motoras. Costuma afirmar-se, por vezes com alguma ligeireza, que o Desporto dá saúde. Dá, de facto, quando não são evidentes, no mesmo todo social, os mecanismos económicos da exclusão e da desigualdade. 


O corpo não pode percepcionar-se como simples máquina. É o corpo-sujeito a que me refiro, que é também um sistema coerente de sentimentos vividos. A saúde tem a ver com o todo, donde emerge, igualmente, a justiça social. O pensamento europeu das Luzes fez sua a “consciência enquanto tal” kantiana, como sujeito transcendental da verdade objectiva. Foi à luz do racionalismo que o desporto nasceu. Ora, no racionalismo, as ciências naturais não problematizam a intersubjectividade em que se desenvolve a investigação e a institucionalização dos saberes.

O treino clássico, ou analítico, não tinha em conta a dualidade compreender-explicar, ou melhor, sabia o que se explica, ignorava o que se compreende. A linguagem do desporto é específica e tem uma semântica autónoma. A ideia de que um gesto desportivo só consegue uma compreensão interessante, quando o gesto desportivo é subsumível a leis gerais, está ultrapassado. No gesto desportivo, está cada um dos praticantes que nem sempre cabem, na universalidade das leis do treino.

O desporto rompe o hermetismo da causalidade científica, porque a interpretação, nele, não é apenas um conhecimento conceptual, mas experimental. No desporto, não pode falar-se de uma objectividade que não inclua a subjectividade do praticante. No trânsito de um desporto, encerrado nos quadros do sociologismo, do pedagogismo e do biologismo, para uma fundamentação existencial-ontológica, onde o sentido é um elemento fáctico, está a revolução a iniciar no treino desportivo e na pedagogia do desporto. 


Partindo da expressão conhecidíssima de Gadamer “o ser que pode ser compreendido é linguagem”, a qual retoma a ideia de Heidegger, conhecidíssima também, da “linguagem como casa do ser”, a motricidade humana não pode fundar-se a partir de uma teoria que desconhece a prática.

No desporto, como movimento intencional, há, acima do mais, sentido. A promoção desportiva, decorrente da escola e do movimento associativo; a orientação desportiva como expressão corporal de um povo de sólida cultura, que dá ao desporto o que destina aos outros saberes; a selecção desportiva, como expressão do desenvolvimento estrutural de um país – no desporto, na sua globalidade, há que encontrar o sentido que o niilismo neoliberal não se mostra capaz de personificar.

A lei do mercado pode aplicar-se ao desporto, mas não é desporto. Do devir histórico emergem, agora, novas modalidades, como o skate, o skateboard, o surf, o parapente, o windsurf, o rafting, o skate-snow, a asa delta, etc., etc. Para que elas representem progresso social, a economia é necessária, mas não chega... 


Para ter sentido, o desporto tem de ser sinónimo de subversão, ou de contra-poder, de contra-cultura? “À medida que a ordem do mercado invade os hábitos quotidianos, as censuras e o descontentamento multiplicam-se e todos criticamos, mais ou menos, um mundo que, no fundo, ninguém quereria muito diferente. É, com efeito, a sociedade unidimensional (Marcuse) que triunfa” (Gilles Lipovetsky, A Felicidade Paradoxal – ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo, Edições 70, Lisboa, 2009, p. 117).

Todos ansiamos por superar o vazio fundamental da vida, mas aceitamos o hiperconsumo que nos alimenta e adormece. “A definição de Rousseau da humanidade do homem, na sua específica diferença do animal, conduz a uma recusa, quer do materialismo histórico, quer do biológico: por essência, o humano está em excesso, em relação aos dois grandes códigos, nos quais o historicismo e o biologismo o queriam encerrar. 


Aqui, ele aparece no sentido em que Sartre e Heidegger retomarão a expressão, como um ser de projecto ou de transcendência” (Luc Ferry e Jean-Didier Vincent, O que é o Homem?, Edições ASA, Porto, 2003, p. 39). Liberto de toda a imprevisibilidade; vivendo em estado de imanência total, no contexto de um mundo sem significado religioso; chegando com rapidez meteórica ao mundo todo, através da computação, da miniaturização, da digitalização, das comunicações por satélite, das fibras ópticas, da Internet e enfim, através das tecnologias de informação e comunicação; sentindo-se feliz como homem-massa – o ser humano não dispensa a transcendência, a superação, categorias eminentemente desportivas. 


Quem faz desporto não é um profissional do optimismo, procura-o! Será a vontade de transcendência o grande exemplo do desportista ao mundo hodierno? Será ele a ensinar-nos a superar o vazio fundamental da vida?

A ciência da motricidade humana (CMH) nasce de um corte epistemológico, no seio da Educação Física, que tinha preservado anos a fio, inalteráveis, as conclusões do “erro de Descartes”. Com Bachelard, Althusser e o brasileiro Hilton Japiassú (designadamente no seu livro Introdução ao Pensamento Epistemológico) eu aprendera que todo o saber científico é precedido de um pré-saber, constituído por “opiniões primeiras”, que comportam obstáculos epistemológicos, os quais, para serem superados, exigem rupturas epistemológicas. Há negações que são a única maneira de o conhecimento não se negar. Como fazia (e faço) da epistemologia uma polémica contra o que se me afigura como erro, entrei de polemizar contra o mecanicismo cartesiano da educação física, visando superá-la, com uma nova ciência humana (a CMH). Demais, a mecânica quântica já arrasara o mecanicismo, para instaurar, no seu lugar, o pensamento complexo (cfr. B. d’Espagnat, Olhares sobre a matéria, Instituto Piaget, Lisboa, 1994). “Vários físicos reconhecem que o estudo sistemático dos sistemas complexos, sendo relativamente recente, representará uma terceira revolução da física, depois da primeira (com Galileu e Newton) e da segunda com a Teoria da Relatividade e a Mecânica Quântica” (Maria Manuel Araújo Jorge, “Descartes e a Epistemologia Contemporânea”, in AA. VV., Descartes – reflexão sobre a modernidade, Fundação Eng. António de Almeida, Porto, 1999, p. 281).
No desporto, o ser humano não é um conceito, é a complexidade humana como sujeito da história, através da transcendência do que se é fisica, psicologica, social, moralmente. A transcendência, o sentido do desporto (e da vida)...!! "


Alguns hábitos para nunca deixar de treinar


Por definição, hábito é qualquer comportamento repetido regularmente, que requer um pequeno ou nenhum raciocínio. 

Algo como escovar os dentes toda as manhãs ou ver televisão antes de dormir. 

Bom, esse são hábitos do nosso dia a dia, possivelmente adquiridos na infância e que são quase tão automáticos que nem percebemos que os praticamos como .... hábitos.

Mas, e se praticar atividade física fosse algo como tomar café todas as manhãs? 

E se treinar se tornasse um hábito na sua vida? Impossível? Claro que não! 

Existem pequenas mudanças que pode fazer no seu dia a dia para não parar de treinar nunca mais. 

É claro, que elas exigem esforço, dedicação e força de vontade. Mas, será que não vale a pena adaptar um pouquinho a rotina para ter mais saúde e boa forma? 

O grande problema dos hábitos é que, para o bem ou para o mal, eles são difíceis de mudar. Roer as unhas, fumar ou comer doces todos os dias soa familiar, creio eu. São coisinhas aparentemente pequenas, mas que podem causar um estrago muito grande.
Por serem tão arraigados na sua vida, os hábitos são difíceis de serem mudados. 

Dai que adquirir novos e bons hábitos não é nenhum bicho de sete cabeças. 

A equação é simples, para acabar com um mau hábito é preciso substituí-lo por algo positivo. Óbvio que o processo leva tempo.

Vendo entao o treino como um bom hábito: analisemos a “recompensa” que aquele hábito ou a falta dele proporciona. 

Parece que o cérebro trabalha melhor com especificação.

O segredo do hábito é a repetição. Para não parar de treinar precisamos de transformar a ida ao ginásio / clube numa atividade diária

Repetição com alta frequência traz muito mais resultados do que ações esporádicas.

Outra boa estratégia é contar com uma rede apoio. Um grupo que comparta as mesmas atividades fisicas. 


Hora de definir metas
A melhor maneira de mudar antigos hábitos ou criar novos é estabelecendo metas. Definir objetivos claros e específicos facilita e muito o seu trabalho.

Uma meta específica
A sua meta deve ser a mais detalhada e específica possível. Nada de criar metas “abertas” como “emagrecer”, “dar mais duro” ou “me alimentar melhor”. Que tal substituí-las por algo como “perder 6 quilos em 3 meses”, “exercitar-me no mínimo 3 vezes na semana e por 1 hora” ou “comer no mínimo 3 frutas por dia e eliminar fritos”?

Uma meta mensurável

Como irá medir os resultados dos seus esforços, se a sua meta não for mensurável? Estabeleça exatamente o que pretende com o seu objetivo e como poderá medir os resultados.

Uma meta atingível

Obviamente metas devem ser atingíveis. Metas impossíveis de serem alcançadas nem devem ser criadas, elas só geram frustração.

Uma meta relevante

Uma meta deve ser relevante e impactar diretamente a sua vida e o seu dia a dia. Pense nisso antes de defini-las. No caso de metas relacionadas a perder peso, por exemplo, lembre-se que mais do que o resultado no espelho, uma vida mais saudável, seja pela prática de atividade física ou pela alimentação balanceada vão proporcionar uma vida com mais saúde.

Uma meta temporal

Prazos são importantes no trabalho e na definição de metas. Dizer simplesmente que quer emagrecer ou ganhar massa magra e não pré-determinar um prazo para atingir os seus objetivos não te dá uma noção exata de como chegar lá. Estabeleça prazos (viáveis) e vá atrás do que deseja. 

Motivação é a palavra-chave
Hora de pôr a mão na massa, ou no caso, o corpo em atividade. Afinal, o que quer saber mesmo é como manter a motivação e não parar de treinar? Não importa se está viajando, cansado, se é verão ou inverno. 

Bom, se a sua meta é treinar 365 dias do ano (ou quase isso) tudo o que precisa é fazer disso, um hábito

Assim busque treinar o máximo que puder durante a semana. Se praticar exercícios fizer parte da sua rotina diária, como escovar os dentes ou pentear o cabelo, vai descobrir que ir à academia vai se tornar muito menos uma ‘obrigação” e muito mais um prazer.

Se é daqueles que diz “não tenho tempo”. Crie! Eu tenho certeza que consegue encaixar um tempinho no seu dia a dia para assistir tv (ou Netflix) e dar uma “vista d'olhos” nas redes sociais. 

Encare os exercícios como prioridade.
Determine horários fixos.
Escolher uma ou várias atividades que goste.
Registre sua evolução.
Mude os treinos regularmente.
Compartilhe suas metas.
Considere os seus gastos.

Encare o seu treino como um compromisso inadiável para toda a vida e não deixe que nada nem ninguém faça-o parar de treinar. 

Tudo teoria..... Mas com força de vontade, consegue-se.