O clima frio e a performance no remo
Nestes dias de frio, treinando, deve
ter percebido que o seu rendimento nos treinos diminuiu, não? Mas não
precisa de se desesperar, o frio que passamos foi um dos grande motivos
para isso acontecer.
Muito se discute sobre a influência da prática de atividade física em
baixas temperaturas e queda na performance, porém o que se sabe é que os
efeitos do frio no desempenho e nas respostas fisiológicas ao exercício
dependem da intensidade do frio e da natureza do exercício.
Quando ocorre uma queda de temperatura interna no corpo, o organismo
aciona um mecanismo com o intuito de restabelecer a homeostase (ponto de
equilíbrio orgânico, que nesta situação se refere a uma temperatura
interna de aproximadamente 37ºC).
Esse mecanismo provoca um aumento na captação de oxigênio e uma redução
do volume máximo de oxigênio (VO2máx). O efeito resultante da combinação
dessas alterações fisiológicas é o aumento do custo metabólico durante o
desempenho de uma atividade específica. Conseqüentemente as estas
adaptações, principalmente ao aumento no custo metabólico, o atleta
sentirá uma queda no seu desempenho.
- Um aumento da pressão sanguínea e frequência cardíaca à medida que o sangue é direcionado para o centro do corpo para mantê-lo na temperatura ideal;
- Queda de performance visto que os sinais nervosos e os músculos são afetados pelo frio. Um estudo apontou queda de 7,81% da performance para temperaturas de 10ºC a 18ºC e queda de 13,91% para temperaturas menores de 10ºC;
- Risco de estiramentos musculares porque a temperatura do músculo diminui rapidamente. Há que realizar um bom aquecimento e faça as suas pausas ativas em temperaturas baixas;
- Como a eficiência muscular é menor, fibras rápidas podem ser usadas para suprir a demanda e consequentemente aumentando a acidose sanguínea;
- Aumente o uso de carboidratos durante o treino. O frio faz-nos gastar mais calorias que o normalmente gastamos. Em situação de treino isso não muda, portanto, a ingestão de carboidratos em treinos e em provas longas precisa ser revisto.
- Risco de desidratação em treinos longos visto que perdemos muita água na respiração. Assim como a suplementação nos treinos e provas precisa ser revisto, a hidratação também;
- Doenças respiratórias são facilmente desencadeadas no frio quando o ar frio entra pelas vias aéreas, como asmas e bronco espasmos induzidos pelo exercício.
Então da próxima vez que for treinar ou
competir no frio, fique atento à sua suplementação, hidratação,
aquecimento, intensidade e volume.
Por fim, deve ficar claro que exercícios físicos podem e
devem ser praticados com segurança, prazer e sucesso em ambientes frios,
uma vez tomadas as seguintes precauções:
1 – Aquecimento adequado. O desempenho ótimo em muitas
atividades atléticas, principalmente aquelas que dependem de velocidade e
potência, requer a elevação da temperatura muscular antes da
competição. O aquecimento a baixas temperaturas é mais difícil e é
preciso usar roupas mais pesadas, exercitar-se mais intensamente e/ou
por mais tempo e continuar se aquecendo até o último minuto antes da
prova e/ou treinamento.
2 – Uso de roupas adequadas. O efeito isolante das roupas é
quantificado em unidades ‘clo’ (clo é a quantidade de isolamento
necessário à manutenção do bem-estar em um sujeito em repouso, a 20ºC
com humidade relativa do ar menor que 50 %). O isolamento necessário à
manutenção do bem-estar diminui à medida que a intensidade do exercício
aumenta.
Fale e converse com profissonais ou com os seus treinadores sobre o assunto para possíveis alterações de treino e
estratégia de provas e alimentação, se necessário.
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