sexta-feira, 26 de maio de 2017

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra....

Obsessão pela forma física pode fazer mal

 

Manter uma rotina de exercícios físicos, evitando o sedentarismo e buscando melhor condicionamento, é essencial para todas as pessoas. 

Mas, é preciso estar atento para evitar que isso passe dos limites. Quando a busca por uma melhor forma física se torna uma obsessão, os benefícios podem ser anulados e se tornar prejuízo.

Muitas pessoas tornaram-se obcecadas por um padrão de beleza considerado ideal na atualidade – com corpos magros e atléticos. Essa tendência é preocupante.

A estética vem tomando um espaço na vida das pessoas que assusta. 

A obsessão pelo corpo sarado e atlético virou um padrão que nem sempre é o mais saudável. 

Em busca do corpo tão sonhado, adolescentes estão se submetendo a coisas que futuramente terão um alto preço. 

Engana-se quem acha que ser saudável é se alimentar apenas de batata-doce e frango, fazer a dieta da moda. 

Algumas pessoas submetem-se a uma dieta bem restrita, isso quando não usam substâncias ilícitas para conquistar mais rápido o seu sonhado corpo padrão.

Essa obsessão pode fazer com que surjam casos de problemas como anorexia (distúrbio alimentar que provoca perda de peso excessiva), bulimia (que mistura compulsão alimentar com comportamentos como indução de vômito) e vigorexia (quando a pessoa pratica exercícios físicos de forma compulsiva). 

Critica assim também feita a alguns dos efeitos das redes sociais, Facebooks, Instangrams, etc....

As grandes responsáveis são as redes sociais, onde vemos coisas absurdas.

Blog's onde se publicam coisas para servir de bons exemplos, mas no fundo terminam nem os redactores dos ditos blogs acabam seguindo o que publicam. 

Alguns leigos seguem o que aquela pessoa posta e o resultado é essa mistura que assistimos.

Excessos de exercícios, falta de sono, hormônios alterados e desnutrição”, critica.

Hoje em dia é normal / comum treinar e passar horas na atividade de aprimorar a forma fisica !

Porém, a busca por corpos esculturais e perfeitos pode ser, sim, entendida como vigorexia, um distúrbio que deve ser tratado.

Assim como na anorexia, a pessoa com vigorexia distorce a própria imagem. 

Mesmo quando já está forte e com o físico bem definido, ainda se vê o corpo  magro e fraco, sensação que só é amenizada depois da prática exaustiva de exercícios.

Assim, convém fazer o diagnóstico precoce e o tratamento imediato da vigorexia sendo isto essencial, já que as consequências podem ser graves. 

Insônia, falta de apetite, fraqueza, cansaço constante e falta de concentração são os sintomas iniciais. 

Entretanto, o quadro pode evoluir até problemas nos ossos e articulação por conta do carregamento excessivo de peso. 

Músculos e tendões também podem passar por encurtamento, o que pode ser irreversível.

É uma problemática que é mais comum entre os homens, mas tem crescido entre mulheres. 

O uso de substâncias químicas, como os anabolizantes, também preocupa. Isso faz com que haja maior risco de doenças cardiovasculares e problemas hormonais.

Assim... Nem tanto ao mar, nem tanto à terra !!!

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Suplementos aconselhados ao atleta de remo

Suplementação adequada a praticantes de remo


O remo é uma modalidade desportiva que utiliza tanto os membros superiores como os inferiores para a propulsão do barco.

 Um desporto bastante exigente

O remo é um desporto de grande exigência física, promovendo um elevado gasto energético. Estima-se que numa regata de 2 mil metros, com duração de 6 a 8 minutos, sejam gastas à volta de 200 a 250kcal. Por sua vez, uma a duas horas de treino diário requerem entre 1000 a 2000 kcal [*1].


Hidratos de carbono obrigatórios

Por ser uma actividade de alta intensidade (consome aproximadamente 85% do volume máximo de oxigénio) [*2] e de curta duração (cinco a oito minutos), é importante o consumo adequado de hidratos de carbono.

A elevada exigência do treino pode prejudicar o armazenamento de glicogénio muscular e hepático, diminuindo a capacidade de treino e o desempenho do atleta. 

Com o intuito de evitar esse efeito indesejável, é recomendado o aumento do stock de glicogénio muscular antes de iniciar o treino, retardando, dessa forma, a fadiga muscular em treinos superiores a 90 minutos.

Simonsen et al. [*3] concluíram que a ingestão de 10g de hidratos de carbono/kg de massa corporal em remadores acarretou maior conteúdo de glicogénio muscular e potência no rendimento do que o consumo de apenas 5g de hidratos de carbono por kg.

Magnésio também é uma boa ideia

Golf et al. [*4] observaram que após a suplementação diária de 360mg de aspartato de magnésio em remadoras cujas concentrações de magnésio no sangue encontravam-se abaixo da normalidade, houve menor concentração de lactato no sangue e 10% de redução sobre o consumo de oxigénio, sugerindo um efeito benéfico da suplementação de magnésio no trabalho e metabolismo muscular.

Tudo isto para além da indispensável proteína

A proteína é fundamental para os seus músculos. Segundo o American College of Sport Medicine (ACSM), a ingestão de proteína de atletas que praticam exercícios de resistência é de 1,2 a 1,4g de proteína por kg/dia e de 1,6 a 1,7g para atletas que se foquem em treinos de força [*5].

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REFERÊNCIAS OU NOTAS:
[*1] – Hagerman, F. & Hagerman, M., A comparation of energy output and input among elite rowers, FISA Coach Vol. 1:5-8, 1990 (LINK)
[*2] – Hagerman, F. & Staron, R., Seasonal Variations Among Physiological Variables in Elite Oarsmen, Medicine & Science in Sports & Exercise Vol. 14 – Issue 2, pág. 142, 1982 (LINK)
[*3] – Simonsen, J. et. al, Dietary carbohydrate, muscle glycogen, and power output during rowing training, Journal of Applied Physiology Vol 70, Issue 4, págs. 1500-1505, 1991 (LINK)
[*4] – Golf, S & Bohmer, D. & Nowacki, P., Is magnesium a limiting factor in competitive exercise? A summary of relevant scientific data In: Golf, S. & Dralle, D. & Vecchiet, L., Editores: Magnesium. London: John Libbey & Company, págs. 209-220, 1993
[*5] – Americam College of Sports Medicine: Nutrition and Athletic Performance, Medicine & Science in Sports & Exercise Vol. 41 – Issue 3, págs. 709-731, Março 2009 (LINK)
Fonte Prozis. 

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Os 10 erros mais comuns dos atletas solitários

Erros a treinar em solitário 

  
Treinam sem aquecer, em jejum ou sem o calçado adequado. Quem pratica desporto sem acompanhamento comete numerosos erros. Os músculos e as articulações protestam.

Três das cirurgias que a Unidade de Medicina Desportiva do Hospital Lusíadas Porto, teve de realizar no inverno foram a praticantes ocasionais de snowboard – duas roturas de ligamento cruzado anterior e uma fratura de tornozelo (como exemplo para esta prática de desporto sem un seguimento válido ou de terceiros válidos). 

Deslizar pela encosta de uma montanha nevada sem qualquer preparação prévia pode terminar na sala de operações. Mas não são apenas os praticantes de desportos radicais que estão expostos a erros e a lesões. Numa simples corrida ou no treino de ginásio, o incumprimento de certas regras e pormenores pode afastar o desportista dos resultados pretendidos e mesmo castigar os músculos e os ossos. “Todos os dias lido com más práticas desportivas, desde o excesso de treino à hidratação incorreta”, diz Filipe Amorim, personal trainer e fundador do Surf Builder. Eis os erros que os atletas por conta e risco cometem habitualmente ao praticar desporto.

1. Entrar a frio 

Um músculo adormecido é uma presa fácil para a rotura. “É importante trabalhar as articulações, contrair e estirar os músculos antes de praticar qualquer modalidade desportiva”.

“Apesar de muitos fisiologistas defenderem que picos de corrida, como vemos nos aquecimentos dos futebolistas, em nada acrescentam ao desempenho fisiológico do atleta.”
Defende-se o uso de aquecimentos que atuem diretamente nos músculos que vão ser ativados no treino: “É inútil correr antes de surfar porque ninguém corre dentro de água. Deve-se aquecer a zona lombar e peitoral, por exemplo, que são determinantes na modalidade.”

2. Se cá nevasse…

Nos meses de inverno, milhares de portugueses sem experiência nem treino rumam à montanha para experimentarem o ski e o snowboard. Alguns regressam com lesões graves. “É preciso ter noção de que as modalidades desportivas têm de começar a ser praticadas de um modo crescente para fortalecer os músculos e criar defesas propriocetivas”. 

“Lesões como a rotura do ligamento cruzado anterior do joelho e a fratura do tornozelo são habituais nos desportos de neve”, alerta.

3. Nem água a mais nem a menos

“A água deve ser ingerida em pequenas porções intervaladas ao longo do treino”. Os que se esquecem de beber água correm o risco de desidratar, ao passo que ao bebê-la em grandes quantidades de uma só vez, os rins não conseguem remover o excesso de fluido do corpo e o sangue torna-se mais diluído do que devia, com baixas concentrações de sódio.

4. Alarme: excesso de carga

O overtraining, ou excesso de treino, é um dos comportamentos mais comuns nos desportistas dedicados. Ocorre quando a carga e/ou o tempo de uma sessão de treino excedem a capacidade de recuperação do atleta. “Assim deixa de progredir e começa mesmo a perder força e rendimento”.
O overtraining na corrida é uma perigosa causa de tendinites rotulianas e no tendão de Aquiles.

5. A força da técnica no desporto

Seja a levantar halteres ou a remar, o rigor do gesto técnico é fundamental não só para a performance como também para evitar lesões. 

Quem pratica desporto sem acompanhamento pode adotar movimentos e posturas prejudiciais. “Há atletas de remo que desenvolvem lombalgias pela repetição de gestos técnicos deficientes“. 

No ginásio, forçar o pescoço durante os abdominais, levantar pesos do chão sem fletir os joelhos e correr na passadeira com má postura são as falhas mais comuns.

6. Insistir até quebrar

“Ignorar a dor é como desligar o alarme quando uma casa está a ser roubada. Elimina-se o alarme mas a casa é roubada à mesma”.

“Muitos desportistas insistem no exercício quando têm uma dor ténue, cuja causa por vezes nem é diagnosticável no raio x. Mas se há dor é porque existe um problema e não se deve insistir, pois pode provocar lesões crónicas”, alertam os especialistas. Até porque, há formas de continuar a prática de forma segura: “Se a dor se localizar no pé, nada impede o treino do tronco, por exemplo”.

7. A moda do jejum

Há cada vez mais pessoas a fazer desporto sem comer. O seu argumento é que isso lhes permite queimar mais gordura. “Mas os hidratos de carbono são o combustível dos músculos durante o exercício. Se não forem repostos através da alimentação, o organismo não consegue queimar gordura e começa a usar massa muscular (proteína) para ter energia. Isso é contraproducente”.

Quando a intensidade de treino é baixa, o jejum é sustentável. “Mas com uma carga elevada pode conduzir à hipoglicemia ou a situações mais graves.”

8. Correr para chegar rapidamente ao almoço

Acabar o treino e comer uma francesinha é como fazer um castelo de areia e destrui-lo com um pontapé. 

“A nutrição e o exercício físico são indissociáveis”.

“O desporto sozinho não faz com que ninguém emagreça, tem de ser acompanhado por boas práticas alimentares. Longe vão os tempos em que os futebolistas comiam um bife e bebiam vinho para ter energia.”

9. Mitos: o agasalho e a balança

Muitas pessoas chegam aos ginásios impregnadas de equívocos. “Ainda há quem treine com duas camisolas porque pensa que perde mais peso assim. É falso. Vai perder água, não calorias”. 

Outro erro habitual é o de controlar o peso todos os dias: “O resultado dos treinos não se manifesta diariamente e o uso abusivo da balança só conduz à desmotivação”.

10. Atenção aos pés

A escolha adequada de sapatilhas é fundamental para a prática de qualquer desporto. No atletismo, ainda mais: um calçado desajustado à corrida ou desgastado pode provocar tendinoses e fraturas de stresse. “O tratamento de um atleta olímpico que tinha fraturas de stresse frequentes aconteceu. Ele tinha ganho uma maratona com as sapatilhas velhas e usava-as sempre para lhe dar sorte. Chegou-se à conclusão que o desgaste do material do calçado era uma das causas do problema”.