quinta-feira, 25 de maio de 2017

Suplementos aconselhados ao atleta de remo

Suplementação adequada a praticantes de remo


O remo é uma modalidade desportiva que utiliza tanto os membros superiores como os inferiores para a propulsão do barco.

 Um desporto bastante exigente

O remo é um desporto de grande exigência física, promovendo um elevado gasto energético. Estima-se que numa regata de 2 mil metros, com duração de 6 a 8 minutos, sejam gastas à volta de 200 a 250kcal. Por sua vez, uma a duas horas de treino diário requerem entre 1000 a 2000 kcal [*1].


Hidratos de carbono obrigatórios

Por ser uma actividade de alta intensidade (consome aproximadamente 85% do volume máximo de oxigénio) [*2] e de curta duração (cinco a oito minutos), é importante o consumo adequado de hidratos de carbono.

A elevada exigência do treino pode prejudicar o armazenamento de glicogénio muscular e hepático, diminuindo a capacidade de treino e o desempenho do atleta. 

Com o intuito de evitar esse efeito indesejável, é recomendado o aumento do stock de glicogénio muscular antes de iniciar o treino, retardando, dessa forma, a fadiga muscular em treinos superiores a 90 minutos.

Simonsen et al. [*3] concluíram que a ingestão de 10g de hidratos de carbono/kg de massa corporal em remadores acarretou maior conteúdo de glicogénio muscular e potência no rendimento do que o consumo de apenas 5g de hidratos de carbono por kg.

Magnésio também é uma boa ideia

Golf et al. [*4] observaram que após a suplementação diária de 360mg de aspartato de magnésio em remadoras cujas concentrações de magnésio no sangue encontravam-se abaixo da normalidade, houve menor concentração de lactato no sangue e 10% de redução sobre o consumo de oxigénio, sugerindo um efeito benéfico da suplementação de magnésio no trabalho e metabolismo muscular.

Tudo isto para além da indispensável proteína

A proteína é fundamental para os seus músculos. Segundo o American College of Sport Medicine (ACSM), a ingestão de proteína de atletas que praticam exercícios de resistência é de 1,2 a 1,4g de proteína por kg/dia e de 1,6 a 1,7g para atletas que se foquem em treinos de força [*5].

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REFERÊNCIAS OU NOTAS:
[*1] – Hagerman, F. & Hagerman, M., A comparation of energy output and input among elite rowers, FISA Coach Vol. 1:5-8, 1990 (LINK)
[*2] – Hagerman, F. & Staron, R., Seasonal Variations Among Physiological Variables in Elite Oarsmen, Medicine & Science in Sports & Exercise Vol. 14 – Issue 2, pág. 142, 1982 (LINK)
[*3] – Simonsen, J. et. al, Dietary carbohydrate, muscle glycogen, and power output during rowing training, Journal of Applied Physiology Vol 70, Issue 4, págs. 1500-1505, 1991 (LINK)
[*4] – Golf, S & Bohmer, D. & Nowacki, P., Is magnesium a limiting factor in competitive exercise? A summary of relevant scientific data In: Golf, S. & Dralle, D. & Vecchiet, L., Editores: Magnesium. London: John Libbey & Company, págs. 209-220, 1993
[*5] – Americam College of Sports Medicine: Nutrition and Athletic Performance, Medicine & Science in Sports & Exercise Vol. 41 – Issue 3, págs. 709-731, Março 2009 (LINK)
Fonte Prozis. 

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