segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Estica a remada!!!

Alonga a remada na proa!


Estás com uma remada curta na proa? Estás cansado de escutar o teu técnico gritar “abre a remada”? Estás descontente pelas regulagens que te obrigam a remar como se tivesses 2 mts. de altura?

Os técnicos em geral advertem os remadores que remam curto e os obrigam a alongar a remada. Forçar o alongamento da remada é um caminho, mas com um grande risco de lesão. Outras estratégias incluem baixar a altura do finca-pé, alterar a regulagem da braçadeira e do remo, etc... 

Para aumentar o tamanho da remada muitos remadores tentam deixar os ombros, tronco ou ambos o mais inclinado possível no momento da entrada do remo na agua (pegada).

Enquanto todas essas opções ou uma combinação delas podem parecer. efetivas, isoladamente elas não têm nenhum efeito no longo prazo. Cabe realçar que essas soluções de “última hora” podem expor os atletas a sofrer alguma lesão. Uma solução mais efetiva e de longo prazo para aumentar o tamanho da remada é determinar os déficits de força e de flexibilidade do atleta desenvolvendo e implementando um programa individual de correção. Regulagens - porém temporárias - na braçadeira podem ajudar durante o programa de correção.

O tamanho da remada é definida basicamente por duas coisas: força e flexibilidade. Quando essas duas coisas estão equilibradas, o atleta pode passar para uma posição mais forte e mais longa com menos esforço. Outros fatores também influenciam o tamanho da remada: tamanho dos braços, tamanho das pernas e tamanho do tronco. Esses fatores anatômicos não podem ser alterados. Treinadores e atletas utilizam o recurso de mexer nas braçadeiras e nos trilhos para uniformizar a remada da guarnição. Esse recurso utilizado de forma isolada visando a correção dos déficits de força e de flexibilidade não é a melhor opção no longo prazo.

Quando a remada é pequena,  os remadores tentam alongá-la esticando os ombros na pegada (essa é a técnica mais ensinada), inclinando o tronco (a melhor opção) ou ambas. Essas técnicas podem aumentar o tamanho da remada, porém como esses atletas são mais fracos eles terão que fazer mais força na pegada na proa e estarão mais propensos a sofrer alguma lesão. Esses atletas em geral tocam o carrinho nos seus calcanhares na pegada na proa, com os joelhos ultrapassando o ângulo vertical com a articulação do tornozelo. 

A relação entre o ombro e a base do tronco deve ser definida no início da ida à proa. Uma vez definida essa relação ela não pode ser alterada até a pegada e também na primeira metade da puxada. 

Mais uma vez, remadores que utilizam a estratégia do ombro para aumentar o tamanho da remada (visando compensar seus déficits de força e flexibilidade), terão uma remada com menos potência e terão uma maior chance de ficarem contundidos. 

Inclinar a base do tronco na pegada uma vez que a relação ombro-tronco foi estabelecida é a melhor forma para aumentar o tamanho da remada e a força principalmente quando essa inclinação do tronco vem de uma melhora na força e na flexibilidade do atleta. As mudanças na regulagem e a redução da altura do finca-pés podem aumentar o tamanho da remada, porém esses recursos reduzem a força horizontal da remada. 

Retirado de : Bob Kaehler - colunas

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