Estrangeiros são maioria entre voluntários do remo em 2016
A julgar pelos voluntários inscritos, o português será segundo idioma nos bastidores das provas de remo nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Dos 496 candidatos registrados com o código da modalidade, 382 (77%) são estrangeiros interessados em acompanhar de perto os melhores remadores do mundo na Lagoa Rodrigo de Freitas.
De entre os 114 brasileiros, 38 são do Rio de Janeiro e 32 de São Paulo. Mas esse número pode aumentar, já que cerca de 300 candidatos inscritos sem o código específico do esporte indicaram ter conhecimento sobre remo, alguns aparentemente bem qualificados, segundo a sul-africana Colleen Orsmond, responsável pela organização das provas na Lagoa.
“Espero que ao final tenhamos uma mistura saudável de locais e estrangeiros”, diz Colleen, diante da dúvida se todos os inscritos poderão vir ao Rio, já que os custos de viagem e hospedagem são por conta do candidato. Mesmo assim, contando os brasileiros que indicaram conhecimento sobre remo, a meta de 300 voluntários na retaguarda das provas da modalidade está bem encaminhada.
Ao todo, 242.757 pessoas de 192 países, com idades entre 16 e mais de 80 anos, a maioria mulheres (55%), candidataram-se a ajudar a organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do ano que vem. Os brasileiros correspondem a 60% – dos quais 80% estudam ou trabalham –, seguidos de americanos, russos, chineses e britânicos, não por acaso os quatro países com mais medalhas em Londres 2012. Metade dos inscritos tem até 25 anos.
A organização da Rio 2016 quer contar com 70 mil voluntários, sendo 45 mil na Olimpíada e 25 mil na Paralimpíada. As entrevistas começam em Março. No caso dos voluntários específicos do remo, os selecionados deverão participar do Mundial Júnior em agosto deste ano, único evento teste da modalidade antes dos Jogos.
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