terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Patrocínio Desportivo

Financiamento desportivo através do patrocinio

  
Desde há alguns anos, as organizações desportivas não dispensam o estabelecimento de relações de cooperação com outras organizações comerciais ou industriais

É daqui que sai o tão famoso “sponsoring”, que é o acto de patrocinar eventos, clubes, modalidades, equipas, jogadores, etc.

Qual é o objectivo das empresas em financiar ou apoiar actividades ou organizações desportivas?

O objectivo das empresas passa por obter benefícios de notoriedade, de imagem ou de credibilidade, através de uma associação de ideias entre um produto ou uma organização por um lado e um evento ou modalidade desportiva por outra.

E no sentido inverso? O que ganham as actividades ou organizações desportivas com o financiamento destas tais empresas?
As organizações desportivas ligam-se às empresas com o propósito de beneficiar de apoios financeiros ou de produtos fornecidos pela empresa.


Conceito

Em termos conceptuais, o patrocínio desportivo é o financiamento, total ou parcial, de uma actividade sujeita a divulgação pública, sendo que a contrapartida é uma referência às entidades que apoiaram o evento. O patrocínio, quando pensado e gerido com o profissionalismo devido – no âmbito de uma estratégia de comunicação perfeitamente integrada – permite estabelecer um clima de proximidade, interactividade e envolvimento emocional do cliente com as marcas. 


O patrocínio baseia-se exactamente no relacionamento humano, promove proximidade, afinidade e afectividade entre as pessoas e entre as pessoas e as marcas. Permite também uma comunicação dirigida que cria focos de interesse e atenção, convidando ao envolvimento mais estreito entre o patrocinador e o target.

Os projectos patrocináveis, deverão ser mobilizadores de dinâmicas sociais, em que a criatividade deve dominar e a única regra é uma total coerência com a estratégia de comunicação do patrocinador. Permitem criar um conjunto de acções paralelas capazes de fomentar um interesse especial da marca patrocinadora.o patrocínio tornou-se assim, um veículo para um marketing de sucesso no sector privado, levando a que se diga que no futuro, o patrocínio crescerá até se tornar um elemento distinto na promoção de uma empresa, desenvolvendo-se ao lado dos outros instrumentos clássicos de marketing.

Valor do Patrocínio

Segundo Philip Kotler, o Marketing Desportivo é uma aplicação do conceito do marketing ao contexto desportivo conformado por agentes, instituições sem fins lucrativos, diversas indústrias e prestadores de serviços constituídos empresarialmente. 

Por Marketing Desportivo devemos entender como o conjunto de acções e prestações, capazes de satisfazer as necessidades, expectativas e preferências do consumidor de desporto. Neste sentido, o papel dos patrocinadores é fundamental para levar a cabo os objectivos de satisfação dos consumidores, onde o contexto desportivo oferece à organização patrocinadora um valor comunicativo e um retorno comercial.

Objectivos

O desporto combina o entretenimento, e um mundo cheio de oportunidades de comercialização de produtos e serviços. As instituições que actuam no campo do desporto estão cada vez mais conscientes para o desenvolvimento de actividades e eventos desportivos, com uma postura voltada para a satisfação dos consumidores e das suas necessidades.

As actividades de marketing beneficiam, por um lado, as actividades desportivas mediante acções concretas que visem a melhoria ou a estabilização de uma imagem institucional, e por outro, incentivam o espírito de adesão e participação do adepto/consumidor em todas as iniciativas do clube. 


Dito isto e depois de conceitualizada, a ideia do patrocinio como um meio de buscar financiamento para um clube desportivo numa determinada modalidade, como seja o remo : 
- O ideal será procurar em entidades perto da vila / cidade / freguesia onde se encontra sediado o clube, o patrocinio. 

Localmente, terão maior disponibilidade em ajudar seja em que género for, visto existir sempre um elo de ligação entre ambos. Até a procura de patrocínios tem de ser criteriosa se queremos ter sucesso! 

Surgem também através da net, meios de patrocinio que podem ajudar um determinado projecto : o social sponsoring. 

Exemplo deste tipo de ajuda, a Sponsorise.Me

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Por que tenho de recuperar totalmente antes de voltar a treinar?

Recuperar antes do próximo treino?

Boa pergunta.....

Aplicada à nossa modalidade enquanto treinamos durante uma época inteira. Às vezes de uma época desportiva para outra.

Assim, para que a recuperação seja eficaz, há alguns elementos que devem ser reunidos:

1 – A recuperação neurológica. O nosso sistema nervoso é responsável pela utilização dos músculos. Quanto mais usarmos os músculos, mais precisará o sistema nervoso de recuperação.

2 – A recuperação fisiológica. Os músculos só conseguem aumentar de tamanho e de força se forem estimulados através de exercício intenso. 

Depois disso, com o devido descanso e nutrição, o corpo inicia um processo de sobre-compensação, através do qual ele recupera a energia e as fibras que perdeu e ainda acrescenta algumas fibras novas, tornando-se mais forte e volumoso.

Em termos práticos, a recuperação fisiológica implica dois processos celulares: as células dos músculos tornam-se ligeiramente maiores, o que explica, em parte o motivo pelo qual os músculos se tornam maiores. Depois, as células musculares multiplicam-se, para sobre-compensar pelas células perdidas com o desgaste do exercício. 

Esta multiplicação celular é o principal factor pelo crescimento muscular e pelo crescendo de forma fisica ao longo das diferentes sessoes de treino.

3 – A recuperação mental. Quando exercitamos um músculo, esse músculo irá precisar de descanso posterior. A esta altura, já todos sabemos disso.

Porém, todo o corpo precisa de descanso. Se o descanso geral para o corpo não for encarado seriamente, começamos a acumular demasiado stress, o que leva o corpo a entrar num estado de sobre-treino, devido ao cansaço acumulado.

A falta de descanso pode reduzir a capacidade de recuperação do corpo, ou até mesmo interrompê-la. É importante fornecer descanso suficiente ao corpo todo, para que consiga renovar a sua energia e vigor, permitindo-lhe dissipar o stress. 

É desta forma que mantemos o corpo forte, saudável e capaz de continuar a desenvolver.

Mas, afinal, de que tipo de descanso estamos a falar?

Há muitas formas diferentes de descanso. 

Ficar parado em pé durante uns minutos pode ser descanso. Relaxar no sofá durante umas horas pode ser descanso. 

Uma soneca tirada ao início da tarde pode ser descanso. Mas a forma mais importante de descanso é o tempo passado a dormir durante a noite. 


Não há nada como umas boas 7 a 9 horas de sono para promover a recuperação.

Grandes quantidades de hormonas anabólicas, como a Hormona do Crescimento e a Testosterona, são libertadas enquanto dormimos. 

Porém, essa actividade só ocorre quando estamos a dormir profundamente. 

Os ciclos de sono podem ser divididos em cinco fases que, basicamente, determinam o quão profundo o nosso sono é. O sono profundo só ocorre após 4 horas a dormir, na 4ª e 5ª fase do sono, quando ocorrem os sonhos e o R.E.M (movimento rápido dos olhos).

Resumidamente: sim, uma soneca a meio da tarde e os curtos períodos de descanso têm um efeito recuperador. Mas a maior parte do verdadeiro crescimento muscular só ocorre após algumas horas a dormir, durante o sono profundo.


Seja qual for o objectivo, há-que descansar suficientemente de ambas as formas.
Não treinar demais. Certo! Dormir bastante. Certo! É tudo?

Infelizmente, não. A maioria dos elementos que vimos até agora são coisas que conseguimos controlar. 

Essa é a parte relativamente fácil. O verdadeiro desafio vem agora, com os elementos que não controlamos.

Eis os factores incontroláveis que temos de ter em consideração quando quisermos determinar o descanso de que precisamos:
  • A idade
  • A genética
  • Os músculos em questão
Analisemos estes três elementos por partes. À medida que os anos vão passando, o nosso corpo vai mudando

Aos 18 anos, demoramos 2 a 3 dias a recuperar de uma intensa sessão de treino. 

Aos 38, essa mesma sessão poderá deixar-nos de cama durante mais de uma semana. Enfim, é a vida! 


Como tal, sendo isto uma daquelas verdades incontornáveis, este é um elemento que temos necessariamente de ter em consideração quando temos de determinar o descanso de que precisamos antes de podermos voltar a treinar.

Quanto à genética, bem, esta é mais uma daquelas verdades incontornáveis da vida: certas pessoas simplesmente recuperam mais depressa que outras. 

Dependendo de vários factores, como o metabolismo e a tipologia corporal (ectomorfo, mesomorfo, endomorfo), a nossa recuperação pode ser mais rápida, ou mais lenta.

Digamos, por exemplo, que foste abençoado com uma boa base genética e que és um daqueles atletas naturais, que estão sempre em boa forma, independentemente de comerem imenso e de mal treinarem durante o ano. Se esse for o caso, o teu período de recuperação deverá ser relativamente curto.

No entanto, se fores tipicamente endomorfo e tiveres dificuldades em perder peso, isso indicar-te-á que tens um metabolismo relativamente lento, por isso, o teu processo de recuperação demorará mais tempo.

Por fim, os músculos e parte do corpo treinados também têm diferentes tempos de recuperação

 Conclusão

O processo de recuperação é fundamental para desenvolver a força, a elasticidade e a massa muscular

Enquanto os músculos estão em recuperação, não são capazes de ter o mesmo desempenho que tiveram no treino anterior. Assim sendo, é importante deixar os músculos recuperarem totalmente antes de serem novamente sujeitos a esforços intensos.


Há vários factores que têm de ser tidos em consideração para determinarmos de quanto tempo precisam os nossos músculos para recuperarem. 

Desde as horas que dormimos à noite até à nossa dieta, desde o stress que suportamos no dia a dia até à nossa pré-disposição genética, muitas são as variáveis que temos de incluir nesta equação. 

Determinar correctamente o resultado permitir-nos-á atingir os nossos objectivos físicos. Se não soubermos resolver essa equação, ficaremos condenados a um eterno ponto de estagnação no desenvolvimento, desperdiçando o nosso tempo e esforço.

Escuta o teu corpo, sê razoável, trata-o bem. Se queres ser como uma máquina, tens de assegurar-te de que estás a tratar da tua manutenção. No âmbito do treino, o planeamento e a paciência são tão importantes quando a recuperação e a intensidade.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Princípio da adaptação - em relaçao ao esforço no exercicio

Princípio da adaptação


 
Teoria e prática. Aplicado ao remo ou a outros desportos.

Um principio também aplicado a todos os praticantes de algum tipo de atividade fisica com alguma exigencia, atendendo a uma fase existente de divulgaçao de vários desportos ou sub divisoes desportivas adaptadas à vida social.

Hoje em dia é normal a prática desportiva.
Assim, o princípio da adaptação do organismo ao treino possui particularidades relacionadas com o nível de estímulo a ele aplicado. 

Durante a aplicação de estímulos de treino sobre o organismo deparamo-nos com o conceito de síndrome de adaptação geral o qual possui fases relacionadas com os estímulos ou stresses. Os stresses podem ser de ordem física, bioquímica e mental. 


 O síndrome de adaptação geral possui três fases distintas abaixo escalonadas.

1. Excitação ou choque - a presente fase poderá provocar dores e por este motivo queda momentânea no rendimento provocando um período de reação de alarme no organismo. 

2. Resistência ou adaptação - esta fase tende a provocar uma adaptação ao estímulo aplicado com elevação no rendimento. 

3. Exaustão ou cansaço - nesta fase o corpo não responde positivamente aos estímulos por já estar adaptado, possivelmente haverá queda de rendimento nos casos de treino excessivo. Há o risco de lesões temporárias ou permanentes. 

Nos casos em que o estímulo seja muito fraco este não produzirá adaptação satisfatória, e será classificado como estímulo Débil. 

Os estímulos de baixa intensidade que apenas excitam o organismo e não produzem adaptações posteriores são classificados como Médios. 

Os estímulos Fortes são exatamente aqueles que proporcionam as adaptações mais seguras, plenas e prolongadas. Busca-se no treinamento consciente e organizado, na maior parte do tempo, exatamente a manutenção desta forma de estímulo. 

Os estímulos Muito Fortes acarretam sensíveis danos ao organismo e podem seguramente causar lesões, se não forem extremamente controlados por meio de testes periódicos e avaliações generalizadas prévias relacionadas ao estado biológico maturacional e também psicológico do indivíduo. 

Estes conceitos  trazem consigo um alerta e a base para que sejamos cautelosos no momento da aplicação de sobrecargas no organismo durante os treinos.

A busca incessante por combinações ideais de alternância entre os estímulos Médios e Fortes, são a base para o sucesso do treino. 

Saber em qual momento elevar o estímulo e ou reduzi-lo é a chave para as portas do alto rendimento. 

A utilização de estímulos Muito Fortes é necessária para a ultrapassagem das barreiras que surgem no decorrer dos treinos dos atletas de alto nível. Não devemos utilizar treinos nesta faixa de estímulo por mais de um ciclo (microciclo de choque) ou seja mais do que sete dias, e muito menos utiliza-lo com atletas ou praticantes novatos. 

Um ciclo de treino de 3 a 4 anos consecutivos (lei dos quatro anos, aplicados aos chamados ciclos olimpicos), faz-se necessário antes de arriscar estes níveis tão elevados de cargas nos treinos. 

Não devemos esquecer que grandes performances atléticas são alcançadas após 8 a 12 anos de treinos intensivos e sistemáticos. 

O indivíduo sob a visão orgânica e metabólica sempre busca um equilíbrio para suas funções (homeostase), contudo, o corpo está sempre sujeito a desequilíbrios, tanto aqueles provocados por fatores externos, como do meio ambiente, quanto por fatores internos que geralmente são provocados pelo córtex cerebral.

O treino é considerado um estímulo externo para o indivíduo, o que provocará adaptações como à melhora do sistema circulatório, uma maior força de resistência muscular e consequentemente uma reestruturação do corpo.

O treino desportivo é a ciência de provocar adaptação no organismo de uma pessoa para torná-la mais apta a realizar uma determinada performance.  

Acaba por se tornar uma cultura, transposta precisamente na actualidade para a actividade fisica que cada vez vemos mais em crescendo.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Ciclismo Estacionário: Benefícios / Complemento ativo no remo


O ciclismo estacionário teve origem nos anos 80, quando um Sul-africano de nome Johnny Goldberg sentiu necessidade de treinar ciclismo sem se expor aos perigos de treinar à noite na estrada, bem como para permitir que treinasse de forma mais segura em dias de chuva. Mais tarde deu origem ao programa de aulas que conhecemos hoje em dia.

Conceito

Com o auxílio da variação da resistência da roda da bicicleta estacionária e de música motivante, o instrutor leva a sua turma a simular um treino de ciclismo exterior, percorrendo zonas mais planas, fazendo sprints, subindo colinas, montanhas, variando o ritmo e a intensidade, adotando para tal várias posições em cima da bicicleta, simulando subidas sentado, subidas em pé, retas sentado, sprints, etc.

O facto de ser cada praticante a controlar a resistência da sua bicicleta, permite que apesar de se tratar de um treino coletivo, é muito personalizado, ou seja, cada participante coloca mais ou menos resistência na sua roda em função da sua condição física no momento.

Tirando partido de músicas com uma batida mais rápida, o instrutor consegue levar a turma a percorrer zonas mais aceleradas do percurso, sprintando, dando desta forma um estímulo mais cardiovascular ao treino, ou usando as batidas mais fortes da música, conseguindo impor uma cadência mais lenta e com uma carga mais pesada, simulando a subida de colinas e montanhas, fazendo desta forma um treino mais muscular.

Para além do trabalho cardiovascular e muscular que é realizado, esta modalidade permite também melhorar as qualidades funcionais ao nível do core, uma vez que pelas posições adoptadas em cima da bicicleta, levam a alguma instabilidade corporal e portanto obrigando a um trabalho continuo dos músculos abdominais.

Por ser realizado em grupo, num estúdio com música, num ambiente com luzes e com uma decoração adequada à atividade realizada, permite que seja um treino emocionante e desafiante.

Um treino de ciclismo estacionário traz grandes benefícios, tanto a nível cardiovascular, como a nível muscular e de libertação de stress. É igualmente importante no controle de peso, podendo numa aula de 1 hora serem queimadas entre 600 a 800 kcal, dependendo de cada praticante.

Segurança

Como em qualquer tipo de treino, a segurança é sempre uma preocupação que deve ser posta em primeiro plano. 

Numa aula de ciclismo estacionário, um dos pontos fundamentais da segurança tem a ver com a correta regulação (setup) da bicicleta: regulação da altura do selim, regulação da profundidade do selim e regulação da altura do guiador. 

Qualquer instrutor será capaz de garantir que a bicicleta fica corretamente ajustada ao praticante. Para além da segurança, temos também o conforto.

Estrutura do treino

Uma aula de ciclismo estacionário, é composta essencialmente por 3 partes fundamentais: aquecimento, parte principal e retorno à calma / alongamentos.

Aquecimento:

Os praticantes iniciam o treino a uma intensidade baixa, fazendo subir a temperatura corporal e preparando o corpo e a mente para o treino. É também nesta fase que aproveitam para confirmar se se sentem confortáveis em cima da bicicleta e se é necessário retificar algum ajuste.

Parte principal:

A intensidade do treino vai aumentando, utilizando as várias técnicas e intensidades de treino, de acordo com o plano idealizado pelo instrutor. Através das suas instruções visuais e verbais, ajudam os participantes a aproximarem-se cada vez mais dos seus limites, tornando assim o treino desafiante, dinâmico, divertido.

Alongamentos:

Finalmente, voltamos a baixar a intensidade, realizando um retorno à calma, pedalando a uma velocidade mais baixa e com resistências mais leves, para que a frequência cardíaca possa baixar novamente de forma controlada. Após isto, dá-se início aos alongamentos, que podem ser realizados em cima da bicicleta ou fora dela, usando-a como apoio se necessário, tirando partido de todas as vantagens de alongar os músculos após a realização de atividade física.

Modelos pré-coreografados

De forma a mais facilmente se induzir o tipo de treino desejado, as aulas começaram a ser pré-coreogradas. Desta forma, o instrutor consegue de antemão programar o tipo de treino desejado, não estando sujeito a variáveis externas, que não se conseguem controlar quando se treina no exterior, como seja o relevo do terreno, as condições de trânsito etc., que podem condicionar de forma involuntária o tipo de treino.

De entre os vários modelos existentes, os mais populares são o iCycle, o RPM e o Spinning.

No Spinning, programa criado em 1995, o instrutor tem maior liberdade para escolher a playlist e o tipo de treino, sendo no entanto este programa mais vocacionado para trabalhar por zonas cardíacas de intensidade, dando mais enfase ao treino de alta intensidade. 

Existem zonas de recuperação (55%-65%), zonas de endurance (65-%-75%), zonas de resistência (75%-85%) e zonas de race-day (superior a 80%).

O RPM, surge em finais de 1998 e tem uma estrutura mais rígida, que não dá ao instrutor tanta liberdade para alterar quer o treino, quer a playlist. Está desenvolvido para melhorar a capacidade cardiovascular e utiliza músicas comercialmente conhecidas pelos praticantes. 


A faixa 1 é o aquecimento, na faixa 2 introduzem-se algumas subidas, a faixa 3 é uma subida de uma lomba, na faixa 4 temos velocidade com algumas subidas, na faixa 5 aparecem subidas e descidas, na faixa 6 pedaladas que estabilizam velocidade, a última faixa de treino é a 7 com uma subida de uma montanha e na faixa 8 voltamos à calma e termina com os alongamentos.

O Icycle é baseado em 9 faixas musicais, com a duração de 50 minutos (existindo ainda os modelos de 30 e 60 minutos), constituindo um treino cardiorespiratório intervalado. Os intervalos de alta intensidade (treino) são entre 10 a 90 seg., enquanto que os intervalos de recuperação vão dos 30 aos 60 seg.

A aula é estruturada faixa a faixa, fazendo o transfer para os seguintes tipos de terreno no exterior: a faixa 1 é o prólogo, ou seja o aquecimento. Na faixa 2 percorremos terreno misto, ou seja pequenas retas e lombas para iniciar o treino. A faixa 3, leva-nos à primeira montanha, Hill Climb, onde começamos a usar um pouco mais a força. A 4ª faixa é o time trial onde surge o trabalho mais de velocidade. A faixa 5, Interval Training leva-nos a um trabalho mais anaeróbio, juntando o trabalho de carga e velocidade simultaneamente. A faixa 6, Speed Endurance leva-nos novamente a um bloco de trabalho de velocidade, com alguma força. A última faixa de trabalho é a 7, Mountain e é um trabalho de força onde desafiamos o corpo a subir uma montanha inclinada. As faixas 8, Recovery Stage e 9 Stretching fazem-nos regressar à calma e terminar o treino.

Benefícios do ciclismo estacionário

• Melhoria da resistência aeróbia
• Redução da frequência cardíaca de repouso
• Diminuição da pressão arterial
• Melhoria da função cardíaca
• Redução de massa gorda
• Diminuição do colesterol

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Força no atleta de remo

Quanta força um remador precisa ter?

Faz alguma diferença na performance do remador aumentar a carga do agachamento de 200 kg para 220 kg? 

Em artigo publicado na revista norte-americana Independent Rowing News, de 6/7/01, o fisiologista Ed McNeely, consultor para treino de força da seleção canadiense de remo desde 1992, afirma que “aumentar a força acima de certos níveis não melhora necessariamente a performance e, em alguns casos, pode até piorá-la. Uma vez alcançado o nível ideal de força, o tempo necessário para ultrapassá-lo deveria ser usado para treinar outra coisa, como a técnica da remada, o condicionamento aeróbico e anaeróbico, ou a flexibilidade.” 

McNeely continua: “Remadores de elite geram a sua força máxima na primeira remada de uma prova. Essa força chega a atingir 1352 N (Newtons) - cerca de 135 kg - nos homens e 1019 N – cerca de 102 kg – nas mulheres. Em 1975, pesquisas feitas com a seleção de remo da Alemanha Oriental indicava que o nível mínimo de força necessário em competições internacionais era de 132 kg. Com o aumento da velocidade dos barcos e com os novos remos este valor deve ter aumentado”. 

Uma pesquisa foi feita com remadores holandeses de nível internacional, nacional e de clube, utilizando um equipamento especialmente desenvolvido para medir a força isométrica do remador, na posição de ataque (entrada da pá na água). 

Descobriu-se que os remadores de nível internacional geravam, em média, 204 kg de força; os de nível nacional, 183 kg; os de nível de clube, 162 kg. Outros testes não específicos para remo – como a puxada de braço isométrica, extensão lombar, flexão do tronco e extensão das pernas – aplicados no mesmo grupo de atletas apontou que quanto mais alto o nível do remador, maior a força em todos os testes. 

“Testes de força não específicos para remo têm seus prós e contras”, diz McNeely. “A aplicação de força no barco é tecnicamente diferente de um agachamento ou de um leg-press. Estes não refletem necessariamente a capacidade de fazer o barco andar. Já o Dyno, máquina lançada recentemente pela Concept2, trabalha segundo o mesmo principio do remoergômetro (resistência do ar) e pode ser usado para treinar e testar a força”. 

“Para o remador, a força relativa (máximo peso que pode ser levantado uma vez, em relação ao peso corporal) é mais importante que a força absoluta (máximo peso que pode ser levantado uma vez). 

As pessoas grandes tendem a ter mais força absoluta que as pequenas, porque possuem mais massa muscular. Somente aumentar a força absoluta não é vantagem se implicar em aumento de peso corporal que resulte em maior resistência da água ao avanço do barco. 


Já o aumento da força relativa torna mais fácil acelerar o barco em cada remada porque a força aumentou sem aumentar o atrito.” 

Ed McNeely fornece, nos quadros abaixo, as seguintes metas de força relativa para vários níveis de remadores. As metas são expressas em múltiplos do peso corporal e valem tanto para remadores peso-leve como para classe aberta, na faixa etária de 15 a 35 anos.

HOMENS/MULHERES
 
Juniores
23 anos
Clube
Nacional
Internacional
Agachamento
1,00/0,80
1,30/1,00
1,40/1,25
1,70/1,40
1,90/1,60
Lev.da terra (peso morto)
1,00/0,80
1,30/1,00
1,40/1,25
1,70/1,40
1,90/1,60
Remada deitada
0,70/0,60
0,90/0,80
1,05/0,95
1,20/1,10
1,30/1,20

Para usar as tabelas, multiplique o seu peso corporal pelo fator. 

Por exemplo: se for do sexo masculino, de nível internacional e pesa 90 kg, a sua meta no agachamento será 90 kg x 1.9 = 171 kg. Se for mulher e pesar 65 kg, será 65 kg x 1.6 = 104 kg.


“Se já está dentro destas metas, foque o seu treino em outras coisas”, recomenda McNeely. “Se está abaixo delas, esta pode ser a causa dos seus maus resultados”.

McNeely finaliza o artigo dando alguns conselhos:

1 – Não tente alcançar essas metas da noite para o dia. Veja que os fatores dos remadores de nível internacional são o dobro dos fatores dos juniores. O primeiro tem idade média de 26 – 28 anos. Os outros tem 10 anos menos. Isso significa que eles terão 10 anos para dobrarem sua força.

2 – Não se desespere, se não atingir as metas, nem mude radicalmente o seu treino. Não reduza o seu treino aeróbico, nem o treino técnico, só para ficar com mais tempo para treinar força, a menos que esteja muito bem nesses dois aspectos.

3 – Faça sessões de força de curta duração. Treinos com duração superior a 45 ou 60 minutos podem levar ao supertreinamento. Sessões curtas e freqüentes dão melhores resultados que sessões longas. Tente fazer 3 a 5 sessões de 45 minutos, por semana.

4 – Até que você atinja o nível de força procurado, elimine o treino de resistência muscular. Altas repetições com baixa resistência não aumentam a força. Treinar resistência muscular sem possuir um nível de força adequado apenas significa que está se especializando em tornar-se fraco.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Pequena explicaçao da remada (para nao remadores!)

Pequena explicaçao da remada (para nao remadores!)


Quando se trata de remar, não é bom só concentrar-se no desenvolvimento da força física isoladamente. 

Pode parecer que um remador está fazendo um movimento fluido, mas, na verdade, a técnica pode ser dividida em quatro ações diferentes. 

A técnica de remo adequada envolve a captura, a unidade, acabamento e recuperação, e as técnicas de respiração correta pode melhorar o desempenho.


Tenha cuidado para não sobre-exercitar só seus ombros na primeira parte do movimento. 

Em maio de 2008, a duas vezes vencedora da medalha de bronze do Campeonato do Mundo, Michelle Guerette, disse aos leitores do New York Times de imaginar que está em um corpo de água que está à frente das solas dos pés. 

Use as solas dos pés e empurre todo o resto (pernas, tronco e braços, nesta sequencia) num movimento suave.

É a força das pernas que serve para suportar o peso do corpo para os seus pés. 

Ao mesmo tempo, fazer uso de outros músculos do corpo para dar potência máxima com os remos. 

Este movimento vai empurrar o barco para a frente.

Enquanto a unidade usa a força das pernas, o acabamento (final da remada) deve usar os músculos das costas, ombros e braços. 

Manter a pressão, puxando os braços para dentro, em seguida, puxe os remos na água. 

Mais uma vez, fazer uso de outros músculos do seu corpo, e transmitindo tudo o que poder para os remos, num movimento ritmado.

Permitir que as suas mãos lidem com a recuperação empurrando levemente os remos para longe do corpo. 

Quando os braços estão estendidos, mova o assento (carrinho) para a frente para começar novamente.

Porque os remadores "profissionais" usam os seus músculos respiratórios para ajudar a "construir" a força, a respiração deve ser coordenada com movimento da remadas. 

Os remadores podem experimentar uma redução maior no desempenho devido à má função pulmonar, de acordo com o "website Peak" (site dedicado à avaliaçao do desempenho) , e dois padrões de respiração são geralmente aceites para contrariar esta situação. 

Os remadores profissionais tendem ou a exalar no esforço da remada dentro d' água, e inalar na recuperação, ou tomar uma respiração completa na parte do esforço e outra durante a recuperação