O remo é um desporto de resistência de grande exigência técnica
Requer disciplina individual e também trabalho de equipa, muitos anos de grande rigor técnico que favorece a condição física e o aumento da resistência e da força.
Apesar das mudanças no equipamento do remo, nas tendências modernas do treino e nas alterações dos requisitos da estatura, muitos especlistas estão de acordo em que o desenvolvimento que a performance do remo conheceu nos últimos trinta anos se deve, em grande parte, à melhoria da condição física.
A performance metabólica determina, de forma decisiva, a performance psicológica específica do remo. Numa regata que dure cinco minutos e trinta segundos, a potência mecânica média dos atletas masculinos de elite é de cerca de 475-525 W no remoergómetro (concept II C), com um ritmo cardíaco de 170 batimentos por minuto e um consumo de oxigénio de 6000 a 6500 ml/min (VO2máx. de 65 a 75 ml/kg/min).
Os níveis de lactato após o exercício, situam-se entre 16 e 21 mmol/l no sangue arterial, com um pH sanguíneo entre 7,0 e 6,85 sendo este o limite de acidose fisiologicamente tolerável.
Como a maior parte das fontes energéticas do remador vêm do sistema energético, aeróbio, para se conseguir avaliar a performance de um remador é necessário determinar a quantidade exacta de energia que o sistema aeróbio é capaz de fornecer.
Quanto maior for a quantidade de energia que os remadores consigam obter de forma aeróbia, melhor poderá ser determinada a sua performance. Um dos métodos mais rigorosos determinar a produção de energia aeróbia é através do consumo de oxigénio.
Durante um teste de seis minutos, é tornado evidente que uma percentagem muito elevada da energia utilizada pelos remadores, é aeróbia.
Isto porque os remadores necessitam de uma quantidade enorme de energia, especialmente na largada, quando o consumo de oxigénio ainda está aumentar e se verifica um défice energético.
Parte do fornecimento dessa energia tem que ser assegurado pelos sistemas metabólicos anaeróbio aláctico e láctico.
Os atletas de elite conseguem usar uma técnica de remo excelente para compensar um desempenho metabólico inferior, pelo que, embora um elevado desempenho metabólico seja necessário, ele, por si só, não se traduz em sucesso.
É impossível inferir directamente a velocidade de competição partindo apenas do desempenho metabólico.
No remo, a potência é mensurável com recurso a ergometros, podendo um remador de elite produzir uma potência efectiva de 520W, ao remar durante um período de seis minutos equivalente a uma prova de 2000m.
A elevada capacidade metabólica absoluta de um remador de elite e a sua potência de remada, resultam de uma massa muscular activa que solicita as três vias energéticas:
- Via anaeróbia aláctea, Via anaeróbia láctea e Via aeróbia (capacidade de captação, fixação, transporte e utilização de O2).
O “segredo” da potência, no Remo, não é aumentar a potência glicolítica, mas antes diminuí-la e procurar aumentar o desempenho oxidativo.
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