O Dr Anders
Vinther apresenta algumas consideraçoes sobre este tema em 2015, na Conferência de Ciência, Medicina e Desporto, da British Rowing e é co-autor de um editorial recente com a Dra. Jane
Thornton no British Journal of Sports Medicine.
Vinther, é um fisioterapeuta do Hospital Universitário Herlev ,
em Copenhaga, na Dinamarca , é também amplamente considerado como um dos principais
especialistas no campo de fraturas por stress na costela no desporto do remo.
Vinther
descreve as suas descobertas e explica o que ele acredita que remadores e treinadores
devem saber sobre este tipo de lesoes.
O que é uma
fratura por stress na costela?
"A principal diferença é o número de cargas, que resultam na quebra efectiva do osso. Leva tempo para desenvolver uma fratura por stress, ao passo que uma fratura traumática acontece de repente de um único carregamento ".
Os
sintomas de uma fratura por stress em desenvolvimento pode aparecer no
início, quando um remador sente algum desconforto nas suas costelas.
Vinther chama
essa primeira fase uma "lesão por esforço no osso". "É
um processo contínuo", diz ele, "que começa com um pequeno stress
no osso que se desenvolve em micro fissuras e rachaduras maiores, e em seguida,
que pode se transformar numa fratura real".
Razões para fraturas por stresse na costela
Os argumentos
para explicar a frequência de fraturas por stress na costela, poem muitas vezes o foco
sobre as rápidas mudanças em equipamentos através dos anos 1990 que levaram a
um aumento acentuado nas lesões das costelas.
Isso
inclui estruturas mais duras, remos mais curtos e materiais compósitos menos indulgentes em
construção do casco de um barco.
Melhorias
no ergômetro, em consequencia os volumes de treino aumentaram, assim como a respectiva intensidade, levam a um aumento do numero de casos de atletas com stress no esqueleto.
"A
coisa mais importante a notar sobre o ergômetro," continua Vinther ",
é a carga de picos de esforço para cada sessao é maior do que na água. Ergômetros
dinâmicos, no entanto, produzem menores picos de carga do que os estaticos. Há um forte argumento para este tipo de ergos, porque eles simulam na agua, o remo melhor,
biomecanicamente".
Vinther nao coloca especial preferencia no tipo particular de ergômetro dinâmico, porém,
aponta que não parece haver grande diferença no pico de carga entre os
vários sistemas dinâmicos atualmente disponíveis.
Embora
a mudança para um ergômetro dinâmico pode reduzir o risco de lesoes, o ergo
estatico, usando o, no seu treino habitual, não vai
necessariamente produzir a alguém uma fratura por stress.
O
risco é maior quando um atleta já está predisposto a lesão através da técnica,
por exemplo, quando utilizam muito a parte superior do corpo.
Ou
há um problema de formação, aqui, o atleta transfere todos os
quilômetros que têm vindo a fazer sobre a água para o ergo, sem um período
de transição.
"O
início de uma temporada é um tal período", diz Vinther, "onde as
mudanças drásticas no volume e intensidade acontecem muito rapidamente. Os atletas
estão mudando a técnica, treino de remo na água, passando para o ergômetro, logo a própria fisiologia tem que se adaptar".
"Precisa de estar ciente de quantas mudanças está efectuando num determinado
momento e sequencia de treinos", adverte Vinther. "A
maioria das fraturas por stress são precedidos por alguma mudança no próprio
treino".
Há
também fatores de risco internos - aqueles relacionados com o atleta
individualmente, a sua própria fisiologia. Estes
podem incluir desequilíbrio muscular, baixa densidade mineral óssea e nutrição
inadequada ou ingestão de energia minerais / calorias.
A
prevenção é o melhor remédio
Atletas
com qualquer um dos fatores de risco internos podem tentar resolver / prevenir o problema pela raiz. Passa pelo fortalecimento
dos desequilíbrios musculares, levando uma dieta equilibrada e ficar
ciente dos sintomas são parte do processo.
Mas o que
podemos fazer sobre os nossos ossos?
"O
esqueleto reage positivamente à formação", diz Vinther, "mas ele
precisa de tempo para fazer essas adaptações. Quando nenhuma carga é
exercida, perde-se a força dos ossos. Como
um astronauta faz sem a carga de gravidade, de forma semelhante quando se carrega o esqueleto, este torna-se mais forte. "
"Em primeiro lugar, há um pequeno enfraquecimento durante o ciclo de remodelação, que dura de dois a três meses. Há um intervalo de tempo se comparado, a como os músculos vão responder ao treino de força, ao passo que o esqueleto pode levar anos para se adaptar em conformidade. "
Retirado de : The dynamics of rib pain
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