terça-feira, 25 de novembro de 2014

O maior prêmio do Remo Internacional

A medalha Thomas Keller

O ano de 2014 marca o 25o. aniversário da morte do suiço Thomas Keller

Thomi, como era conhecido no mundo do remo, era uma figura paternal que sempre colocava os atletas como prioridade e apesar das profundas mudanças ocorridas tanto na FISA (entidade que ele presidiu durante muitos anos e que teve um grande impulso na sua gestão) como no remo em geral, o espírito de Thomas Keller continua presente.

Thomas Keller nasceu em 1924.

Ele foi eleito presidente da FISA em 1958 aos 34 anos de idade e foi na época o mais jovem dirigente eleito para uma entidade internacional de esporte.
Naquela época ele ainda remava e aproveitou para deixar a sua marca na entidade máxima do remo, que era priorizar sempre os interesses dos atletas.

Engenheiro químico, industrial e alto executivo do conglomerado suiço de cronometragem esportiva, a "Swiss Timing" por mais de 25 anos, de 1972 a 1989, Keller também foi presidente da GAISF, em inglês, General Association of International Sports Federations de 1969 a 1986.

Na juventude, Keller foi um exímio esquiador mas foi no remo que ele realmente mostrou todo o seu talento como atleta.

Foi cinco vezes campeão suiço no skiff e no double e medalha de bronze no skiff no campeonato europeu de 1950.

Muitas mudanças implementadas por Keller na sua gestão na FISA ainda estão vigentes até hoje. Ele melhorou o nível dos árbitros e criou a figura do árbitro alinhador nos jogos olímpicos da Itália em 1960 no Lago Albano.

No ínicio dos anos 60 a FISA criou a sua própria bandeira com cinco remos estilizados nos cinco círculos olímpicos. Essa bandeira pode ser vista ainda hoje na rampa de premiação nos campeonatos mundiais. Ao longo da gestão de Keller os campeonatos Europeus masculino e femininino foram unificados. Campeonatos para pesos-leves e Sub-23 foram também introduzidos.

O programa de desenvolvimento da FISA começou nos anos setenta e também em 1976 o remo feminino apareceu pela primeira vez nos jogos de Montreal.
Os atletas sempre foram a prioridade e o orgulho de Thomas Keller. Ele estava presente em todas as regatas de mundiais e também olímpicas. Era um dirigente detalhista e que acompanhava tudo pessoalmente, principalmente a performance dos árbitros. Conhecia em detalhes os equipamentos usados e todos os procedimentos e regulamentos. Era um dirigente que estava sempre disponível e cumprimentava todos os demais dirigentes internacionais presentes nas regatas pelo nome.

Essa medalha é a maior distinção no mundo do remo. Essa premiação reconhece uma excepcional carreira internacional e também valoriza o esportista considerado exemplar.

Após os jogos olímpicos de 1988, Thomas Keller decidiu conceder a medalha de honra da FISA a dois atletas. Peter-Michael Kolbe e Pertti Karpinnen, considerada uma das maiores rivalidades na história do remo mundial. Essa decisão de Keller foi a inspiração para a criação da medalha Thomas Keller que é entregue sempre por um membro da família após a sua morte em 1989.
O primeiro remador a ganhar o prêmio em 1990 foi o norueguês Alf Hansen.

Todos os anos o vencedor é cuidadosamente escolhido por um comitê depois de uma extensa seleção de nomes do remo internacional.


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